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11/02/2021 às 07:02, Atualizado em 10/02/2021 às 19:05

Vendas do varejo no MS caem em dezembro, mas fecham 2020 com saldo positivo

No varejo ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas no Estado caiu 3,3% em relação a novembro

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Divulgação

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que em dezembro de 2020, o volume de vendas do comércio varejista de Mato Grosso do Sul caiu 6,3% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, após ter variado 1,2% em novembro. Esta foi a queda mais intensa para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000.

Na série sem ajuste sazonal, frente a dezembro de 2019, o comércio varejista teve aumento de 5,9%, oitava taxa positiva consecutiva. No acumulado no ano, o varejo passou de 4,4% em novembro para 4,5% em dezembro, indicando estabilidade no ritmo de vendas.

No varejo ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas no Estado caiu 3,3% em relação a novembro, descontando parte de sete meses consecutivos de acréscimos. A média móvel (-0,6%) sinalizou redução no ritmo de vendas. Em relação a dezembro de 2019, o varejo ampliado cresceu 11,5%, sétima taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi 3,6%.

O gerente da PMC nacional, Cristiano Santos, explica como a pandemia de Covid-19 impactou diretamente a

trajetória de resultados da pesquisa ao longo do ano. “Os resultados da pesquisa costumam ter variações menores, mas com a pandemia, houve uma mudança deste cenário, já que tivemos dois meses (março e abril) de quedas muito grandes”, afirma.

Com a base de comparação muito baixa, o resultado do varejo foi de crescimento de maio até outubro, quando apresentou o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2001, e ultrapassou o patamar prépandemia, de fevereiro. "A queda em dezembro é um reposicionamento natural, já que o patamar estava muito alto com os resultados de outubro e novembro”, complementa o analista.

Outro fator de influência para o resultado nos últimos meses do ano é a inflação dos alimentos. Segundo Cristiano, o comércio em hiper e supermercados têm um peso maior para a PMC, quase a metade do resultado total. “O queacontece nos mercados influencia bastante a pesquisa. E, por conta dos resultados recentes do IPCA, o volume devendas acabou sendo afetado”, justifica. O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, pesquisa mensal do IBGE que mede a inflação oficial do país.

O levantamento é parte da Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mês de dezembro. O estudo produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

Varejo de MS acumula 4,5% em 2020, quarto ano consecutivo de crescimento

Desde 2017, o comércio varejista apresenta números positivos no acumulado anual: 0,5% em 2017; 1,2% em 2018; 0,6% em 2019; e 4,5% em 2020. O crescimento do comércio varejista neste último ano se deu de maneira desigual entre os setores, apresentando decréscimo no primeiro semestre e acréscimo no segundo.

BRASIL

No Brasil, O volume de vendas do comércio varejista caiu 6,1% em dezembro na comparação com novembro, quando variou -0,1%. É a queda mais intensa para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000.

Apesar dos resultados negativos nos últimos dois meses do ano, o acumulado de 2020 fechou com alta de 1,2%. É a quarta vez consecutiva que o comércio apresenta alta anual: 2,1% em 2017; 2,3% em 2018 e 1,8% em 2019. Com o recuo de dezembro, as vendas do varejo se igualaram ao patamar de fevereiro, período pré-pandemia.

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