O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. No entanto, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, acredita que isso ameaça as empresas, dificultando a manutenção e recuperação da atividade econômica para os próximos meses.
Essa foi a sétima vez seguida em que o BC não altera o percentual, permanecendo desde agosto do ano passado. Antes disso, o Comitê elevou a Selic por 12 vezes consecutivas.
“O que preocupa não é a decisão pura e simples do Copom, mas a situação das empresas, que não estão mais conseguindo pagar os juros nesses patamares, que se encontram muito acima do nível que é compreendido como neutro. Vemos um grande esforço nacional para conter a inflação, redução dos preços de combustíveis e de diversas matérias-primas, mas a taxa de juros permanece elevada”, disparou.
Ainda na visão de Longen, a Selic elevada faz com que as empresas fiquem inadimplentes. “É o mesmo que manter a pessoa que está se afogando embaixo da água, que é como está a maioria das empresas hoje, praticamente reféns da decisão técnica de meia dúzia de pessoas”, enfatizou.
Como funciona a Selic - A elevação da taxa é uma maneira para controlar a inflação, pois com os juros maiores o crédito fica mais caro e desestimula a produção e consumo. No entanto, por outro lado, isso dificulta a movimentação na economia.
Quando a Selic tem aumento, o excesso de demanda que pressiona os preços fica parada, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimula a poupança;
Já quando é reduzido, o crédito fica barato e incentiva a produção e consumo, mas se perde o controle da inflação.
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