O reajuste na tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul deixará a conta até R$6 mais barata. O cálculo leva em conta o porcentual médio de 1,61% de redução homologado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 2 de abril.
Conforme dados fornecidos pelo Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa Mato Grosso do Sul (Concen), cada quilowatt-hora (kWh) ficou R$0,02 mais barato na faixa média de consumo.
“Para os que estão na faixa de 200 kWh mensais, que são a maioria na área de concessão da Energisa em Mato Grosso do Sul, o valor do kWh foi de R$ 1,29 para R$ 1,27, já com impostos e na bandeira verde, ou seja, sem acréscimos e considerando a taxa de iluminação pública [Cosip] de Campo Grande”, explica a presidente do Concen- MS, Rosimeire Costa ao Correio do Estado.
Para aproximar o cálculo da realidade do consumidor residencial, uma pessoa que consome 50 kWh mensais pagava R$47 e passará a pagar R$46,50 a partir deste mês, redução de R$0,50. Aquele que consome até 300 kWh sai de uma cobrança de R$387 para R$381, queda de R$6.
A residência que utiliza 600 kWh também passará a ter um custo de R$6 a menos em abril, saindo de R$738 para R$732 mensais.
“Trazemos na projeção o impacto de tributos e encargos do setor elétrico na nossa tarifa, que é da ordem de 30%. Então, o que era para a gente pagar R$0,87, vira R$1,2”, detalha Rosimeire Costa que ainda salienta que o cálculo pode variar por causa da taxa de iluminação pública.
IMPACTO
Apesar de irrisório na prática, economistas consultados pelo Correio do Estado analisam o corte na tarifa como um aspecto positivo principalmente para consumidores com renda menor.
“Embora um corte de apenas R$6 na conta de luz possa parecer pequeno à primeira vista, ele pode ser significativo para os que enfrentam dificuldades financeiras. Para algumas famílias, esse montante pode representar uma economia importante, principalmente quando somado ao longo prazo”, avalia o mestre em Economia Lucas Mikael.
Por outro lado, para consumidores com renda mais alta ou que consomem maior quantidade de energia, o impacto pode ser relativamente insignificante em relação ao seu orçamento mensal total.
“Mesmo que o impacto direto no bolso do consumidor possa variar, qualquer redução nos custos de serviços básicos como energia elétrica é bem-vinda e pode contribuir para aliviar a pressão financeira das famílias”, acrescenta Mikael.
A representante do Concen-MS lembra que no segmento energético a briga por inúmeras vezes é por centavos.
“São várias as vezes que a pessoa tem R$160 e não tem R$165 e deixa de pagar a fatura por pouco dinheiro”, afirma.
O economista Eduardo Matos explica que itens como combustíveis e energia elétrica influenciam de forma significativa o orçamento das famílias.
“Na ponta da caneta, essa redução deverá gerar pouca diferença para o consumidor”, finaliza Matos.
REDUÇÃO
A partir de 8 de abril, o consumidor de baixa tensão de Mato Grosso do Sul contará com redução de 0,84% na conta de energia elétrica.
Segundo acordo, os maiores beneficiados serão os que pertencem ao consumo de alta tensão com redução de −3,65%, enquanto para baixa tensão que engloba classes residencial, comercial e rural (-0,84%).
O outro grupo impactado pela mudança é a subclasse residencial de baixa renda, intitulados B1, pertencente a programas sociais beneficiados com a isenção do custeio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e do custeio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), estes terão um impacto médio de −0,65.
Fonte - Correio do Estado
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