O desemprego só deverá cair na segunda metade do ano que vem. A volta a níveis anteriores à crise, de praticamente pleno emprego, não é o cenário mais previsto por economistas para 2018.
O PIB poderá estar crescendo na virada deste ano, lembra Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco. "É como uma locomotiva, a indústria entrou primeiro e sai antes. O emprego é o último a se mexer. O desemprego só deverá cair na segunda metade de 2017. Pode ocorrer, antes, mas é menos provável", diz.
"Em 2018, estaremos com desemprego em queda, mas não de volta aos níveis anteriores à crise, embora seja muito cedo para dizer."
A velocidade da recuperação depende em grande parte da aprovação de reformas, adverte. "Se andar bem nessa direção, poderemos ter crescimento mais forte."
Luiz Castelli, economista da GO Associados, estima que apenas em 2020 o Brasil vá recuperar os empregos com carteira assinada, perdidos durante o biênio 2015 e 2016.
"Vai levar quatro anos para o Brasil voltar ao estoque que tinha em 2014", diz.
"Entre 2015 e 2020 deverão entrar cerca de 7,8 milhões de pessoas na força de trabalho. Voltar a algo perto do pleno emprego vai demorar mais."
O país perdeu 94,7 mil empregos com carteira assinada em julho – 91,0 mil em junho, segundo o Caged (Ministério do Trabalho).
Fonte – Folha de São Paulo
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