Ao invés de recuar, como previa a meta do governo estadual, o déficit do Estado aumentou aproximadamente 28,5% nos últimos meses. Conforme o secretário adjunto de Governo e Gestão Estratégica (Segov) do Estado, Jader Julianelli, até o mês de agosto, o resultado negativo nas contas públicas do Estado estava em torno de R$ 230 milhões. O valor corresponde a um crescimento de R$ 51 milhões nos últimos meses, em comparação com os dados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, que apontavam déficit de R$ 179,670 milhões de janeiro a junho. O relatório referente ao quarto bimestre, que inclui o mês de setembro, já está em fase de elaboração e deverá ser públicado no dia 30 deste mês.
De acordo com o secretário adjunto, o aumento no déficit deve-se ao período, e tambem à queda nos repasses federais. “No segundo semestre temos 13º [salário] e assinaturas de contratos, então é comum que as despesas aumentem em comparação aos primeiros seis meses. Além disso, temos, por exemplo, o FEX [Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações] que ainda não foi repassado neste ano. O Fundo de Participação dos Estados também caiu [-4,8 milhões, segundo os dados do Portal]. Essas contenções do governo federal impactam diretamente na receita total”, destacou. No ano passado, o repasse do FEX foi de R$ 78 milhões. Já para este ano, a projeção é de R$ 84 milhões.
No entanto, mesmo com o aumento neste déficit, o governo estadual mantém a meta de encerrar o ano com as despesas equilibradas. Para isso, o secretário aponta a renegociação da dívida dos Estados, o FEX e até mesmo o aumento na arrecadação como fatores que irão contribuir na balança. Paralelamente, secretários terão de reajustar gastos e planos novamente. Ainda para este mês, explicou Julianelli, está prevista uma reunião com o Conselho de Governança para reavaliar os gastos e metas das pastas. “Continuamos com a meta [de acabar com o déficit] e ela pode ser atingida. O governador [Reinaldo Azambuja], nesta reunião, vai analisar cada secretaria, para definir o que pode ser cortado, renegociado e economizado. A nossa expectativa é que, com todos esses ajustes, o governo atinja essa meta”, declarou.
Conteúdo - Correio do Estado
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