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26/03/2022 às 10:35, Atualizado em 26/03/2022 às 10:52

China volta a suspender exportação de carne em frigoríficos do Brasil

China não justificou a suspensão das exportações

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Divulgação

A China voltou a suspender a exportação de carne bovina em mais um frigorífico da JBS nesta semana. Trata-se da unidade da empresa em Mozarlândia, no interior de Goiás.

Conforme as informações, a notícia abalou o mercado interno, derrubando o valor da arroba nas praças atendidas pelo frigorífico.

“Quando foi feito o anúncio, os frigoríficos de maior porte em Goiás tinham suspendido as compras para ver como é que fica a situação do mercado e, com a suspensão da exportação dessa unidade para a China, a cotação do boi gordo em Goiás caiu, porque é um frigorífico grande”, observa o diretor-fundador da Scot Consultoria, Alcides Torres.

Com os abatedouros mais cautelosos, ele relata que o valor da arroba na região já está de R$ 2 a R$ 4 abaixo do praticado até então. “É um valor significativo porque todos os custos subiram e quando se fala em dois reais por arroba, um boi te, vinte arrobas o que já representa uma perda de R$ 40. Se forem mil bois, são R$ 40 mil e aí a coisa vai em escala”, destaca Scot.

Segundo o site Globo Rural, a China não divulgou justificativa para a suspensão. Tampouco o governo brasileiro ou as empresas.

Sem informações concretas, as especulações variam desde a detecção de Covid-19 em cargas de carne, falta de teste para a doença em funcionários ou até mesmo problemas na rotulagem, com o envio de carne de animais abatidos acima de 30 meses, o que fere os protocolos sanitários exigidos pelo país.

“Mas isso é tudo especulação. Como não tem nenhuma informação, fica essa turma ao redor especulando”, pondera Torres.

Na semana passada, durante a Expomeat, em São Paulo (SP), o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, afirmou que a medida não afetava os abates da empresa, mas apenas a movimentação de armazéns e estocagem, com a retomada automática dos embarques a partir do dia 19. Contudo, o governo chinês anunciou uma nova suspensão, desta vez sem data para acabar.

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