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12/08/2019 às 07:31, Atualizado em 11/08/2019 às 22:00

Cesp fecha no vermelho um ano após acordo com governo e cidades de MS

Empresa desembolsou R$ 560 milhões a fim de extinguir R$ 2,2 bilhões em ações judiciais movidas contra ela.

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Entrada da hidrelétrica de Porto Primavera, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo (Foto: Divulgação/Governo de SP)

A Cesp (Companhia Energética de São Paulo) teve prejuízo líquido de R$ 4 milhões no segundo trimestre de 2019, cerca de um ano após oficializar acordo com Estado e prefeituras de Mato Grosso do Sul.

Na época, a empresa desembolsou R$ 560 milhões a fim de extinguir R$ 2,2 bilhões em ações judiciais movidas contra ela.

A informação foi publicada primeiro pelo site Valor Econômico. Segundo a reportagem, a Cesp obteve lucro de R$ 340,9 milhões no segundo trimestre do ano passado.

Os acordos entre Cesp, prefeituras às margens do rio Paraná e governo do Estado deram fim às disputas judiciais envolvendo indenizações por danos causados pela Usina Hidrelétrica Sérgio Motta (Porto Primavera), cujo lago cobriu terras de vários municípios sul-mato-grossenses.

Os pagamentos foram resultados de tratativas para que um grupo chinês adquirisse o controle da Cesp. Do total destinado para pagamento, R$ 280 milhões foram diretamente para o governo estadual. O acerto ainda incluiu R$ 50 milhões, ao longo de dez anos, em ações para conservação ambiental na bacia do rio Paraná e para implantação do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

Os municípios de Bataguassu (R$ 71 milhões), Brasilândia (R$ 15 milhões), Santa Rita do Pardo (R$ 39 milhões), Três Lagoas (R$ 15,8 milhões) e Batayporã (R$ 7,9 milhões) também foram beneficiados pelo acordo. O MPMS (Ministério Público Estadual) previu que os recursos ou dividendos deles originários teriam restrições de uso, como ações de infraestrutura, em todos os casos.

Ainda conforme matéria publicada pelo Valor Econômico, A Cesp deve concluir avaliação da instalação de quatro novas turbinas na hidrelétrica de Porto Primavera – situada na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo –, principal ativo da companhia, no período de oito meses a um ano. O estudo de avaliação é exigência feita no edital de privatização da geradora.

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