Empresários do setor de transportes de Mato Grosso do Sul e autônomos decidiram não aderir ao movimento nacional que protesta contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, em alguns estados do país.
Apesar de não realizar atos contra as medidas do governo federal, o presidente do Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), Cláudio Antonio Cavol, reclama do aumento de preços. “Tem causado prejuízo ao segmento de transportes, o setor não consegue nem programar mais a planilha de custos”, pontua.
Enquanto isso, em oito estados, caminhoneiros fazem paralisações e bloqueios em rodovias desde segunda-feira (31). Os atos foram registrados em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo.
Eles reivindicam ainda que seja aprovado projeto de lei, que prevê uma tabela com valor mínimo para o frete; que a aposentadoria desses profissionais ocorra com 25 anos de carreira; e que o governo reveja a redução no quadro de policiais rodoviários.
Conforme Cavol, as interdições em estados vizinhos ainda não afetaram a economia de Mato Grosso do Sul. “Não houve falta de nenhum produto por enquanto”.
Aumento – O governo federal publicou decreto no último dia 20 aumentando os impostos que incidem sobre os combustíveis. A tributação sobre a gasolina subiu R$ 0,41 por litro; a do diesel, R$ 0,21; e a do etanol, R$ 0,20 por litro.
Depois de registrar arrecadação abaixo da esperada, a medida foi imposta para cumprir a meta fiscal de déficit primário do governo.
Atualmente, 60% das mercadorias em todo o país são transportadas por caminhões.
Fonte - Campograndenews
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