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18/04/2023 às 11:30, Atualizado em 18/04/2023 às 10:22

Bancos vão discutir com governo as causas dos juros altos do cartão

O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, afirmou nesta segunda-feira, dia 17 de abril, que o governo vai criar um grupo de trabalho para discutir as causas dos juros altos nas operações com o cartão de crédito rotativo.

Segundo Sidney, vão participar desse grupo:

governo

Banco Central

representantes da indústria de cartão de crédito

Ele não soube informar quando o grupo será criado de fato.

"Nós vamos construir um grupo de trabalho para podermos aprofundar tecnicamente quais são as causas do elevado spread do cartão de crédito para poder, atacando as causas, encontrar as soluções corretas, soluções que possam zelar pela racionalidade econômica", disse Sidney após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o tema.

Haddad negocia com as instituições financeiras uma redução da taxa de juros no rotativo.

O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não paga o valor total da fatura na data do vencimento. A taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 417,4% ao ano em fevereiro, segundo dados do Banco Central. É a linha de crédito mais cara do mercado.

Sem propostas

Segundo Sidney, não foram discutidas propostas na reunião desta segunda com o ministro Haddad. "Não viemos trazer propostas. A Fazenda também não nos fez propostas. O que nós fizemos foi um diagnóstico, um estudo da indústria de cartão de crédito e do impacto para economia e para o consumo", afirmou.

Ele defendeu também que precisa haver um diagnóstico correto das causas dos juros altos para, aí sim, atacar o problema.

"Nós estamos aprofundando esse diagnóstico para podermos então saber quais são as causas que fazem com que o spread do cartão de crédito seja elevado. Portanto, é um trabalho conjunto, governo, indústria de cartão de crédito e nós vamos aprofundar tecnicamente isso. Não é o momento de apontar caminho, não é o momento de discutir proposta, é o momento de aprofundar o diagnóstico", disse Sidney.

Já o ministro Fernando Haddad disse que pediu celeridade aos bancos para a apresentação do estudo com o diagnóstico da causa dos juros altos. "São muitos interlocutores, a bandeira, tem a maquininha, tem o banco, tem a lojista, tem muitos atores nesse processo", resumiu.

Fonte - G 1

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