O Banco Central melhorou a projeção de inflação para o próximo ano. Agora, a expectativa é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine 2017 em 4,4%. Se esse número se confirmar, será a primeira vez desde 2009 que a inflação fica abaixo do valor central da meta, definida em 4,5%.
Os dados constam no Relatório Trimestral de Inflação, um dos documentos mais importantes produzidos pelo BC e que contém avaliações e previsões para a economia. Para 2016, a previsão é de que o IPCA fique em 7,3%.
No Brasil, para os preços não saírem de controle, foi criado um sistema de meta de inflação. Ele funciona assim: o Conselho Monetário Nacional (CMN) define um objetivo a ser perseguido pelo Banco Central. Neste ano, a meta é deixar o IPCA em 4,5%.
Essa meta, no entanto, permite uma margem para abrigar possíveis crises e choques de preço, ou seja, em situações excepcionais, o IPCA pode chegar a no máximo 6,5% e a no mínimo 2,5%. Para 2017, a meta central continua em 4,5%, mas a margem mudou, o limite máximo de tolerância passou para 6%, e o mínimo, para 3%.
IPCA 2017
O cenário do Banco Central é de inflação em desaceleração constante. Depois de atingir 4,4% ao fim do próximo ano, ela continua a esfriar e chega a 4,2% no primeiro trimestre de 2018 e a 3,8% no último.
"Há um processo de desinflação em curso", diz o relatório. "As projeções produzidas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) indicam que esse processo deve continuar nos próximos anos", prevê.
A instituição ainda avaliou que, para reduzir os juros básicos da economia (Selic), é necessário a interrupção do choque de alimentos na inflação, desinflação dos itens do IPCA em velocidade adequada e aprovação das medidas de ajuste fiscal, como a proposta que cria um teto para a expansão dos gastos públicos.
Melhora para o custo de vida
Para o BC, há evidências recentes que indicam que a queda nos preços de alimentos no atacado tem se transmitido para o varejo. Explica ainda que a inflação resistiu a cair em decorrência de choques temporários nos preços de alimentos.
Sobre as medidas de ajuste fiscal, o BC entende que há sinais positivos em relação ao encaminhamento e apreciação das reformas. "Essas reformas são relevantes para o Banco Central na medida em que têm impacto sobre o balanço de riscos e a trajetória da inflação em relação ao alcance das metas", ponderou a instituição.
Fonte - Portal Brasil
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