Ainda não é possível calcular os impactos do novo coronavírus (Covid-19) na economia de Mato Grosso do Sul, mas o aumento do dólar, causado principalmente pela pandemia decretada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), já começa a ser repassado para os preços de alguns produtos de consumo diário.
Esse é o caso do tradicional pão francês, que no Estado sofreu reajuste médio de 7,4%, saltando de R$ 13,50 o quilo para R$ 14,50, conforme a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
Segundo o presidente do Sindepan/MS (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul), Marcelo Silva de Novaes, o segmento vinha segurando os preços, mas a disparada da moeda norte-americana tornou impossível a manutenção dessa política.
“Mesmo com a oscilação do dólar desde o início do ano, os custos de produção ainda permaneceram inalterados porque não tivemos alteração no preço da farinha de trigo, situação que mudou nos últimos dias”, lamentou.
Ele acrescentou que o saco com 50 quilos da farinha de trigo, que na maioria das panificadoras é importado da Argentina, subiu de R$ 115 para R$ 140, um aumento de 21,74%.
“É uma majoração significativa nos gastos com a produção e não tem como o empresário amortecer. Por isso, eles tiveram de repassar a alta, porém, esse novo preço deve se manter pelos próximos 15 dias, mesmo que o dólar continue subindo, porque os estoques estão abastecidos” destacou.
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