Morreu, na manhã deste sábado, a radialista Elizabeth Ferreira Jofre, de 55 anos, também conhecida como Liza Carioca. Ela foi uma das vítimas do acidente com um carro alegórico da Paraíso da Tuiuti, em fevereiro, durante o desfile da agremiação na Sapucaí. A informação foi confirmada pela direção do Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, onde Liza estava internada.
Em nota, a Paraíso do Tuiuti disse que a diretoria da escola está profundamente consternada com o falecimento da radialista, que lamenta o ocorrido e presta as mais sinceras condolências aos familiares e amigos. Disse ainda que, desde o acidente, arcou com os custos do tratamento médico e ofereceu apoio irrestrito às vítimas com sequelas e ferimentos graves. A escola também declarou luto.
Também por meio de nota, a Liesa disse que manifesta seu mais profundo pesar pelo falecimento da radialista Lisa Carioca, e que se solidariza com todos os seus familiares e amigos neste momento de dor.
Em nota, o prefeito Marcelo Crivella também lamentou a notícia da morte da radialista:
"É com muita tristeza que recebo a notícia do falecimento da radialista Elizabeth Ferreira Joffe, vítima do lamentável acidente ocorrido no Sambódromo. Presto minha solidariedade à família e aos amigos de Elizabeth e agradeço publicamente todos os profissionais de saúde que lutaram para salvar sua vida", diz a nota.
Pelo Facebook, parentes informaram que Liza Carioca, teve infecção generalizada, com um quadro crítico de anemia.
O marido de Liza, Paulo Guterres, chegou a fazer um pedido em sua rede social para que os amigos orassem pela mulher dele: "A piora dela foi muito grande desde o fim de semana para cá. Quadro de anemia e agora também de sepse. Todos os meus amigos do face, familiares e todos os amigos dela, por favor, mantenham a fé, orações e estejam comigo muito mais do que antes".
Também pelas redes sociais, amigos e colegas da imprensa lamentaram a morte de Liza e prestaram homenagens à radialista.
Acidente deixou 20 feridos
Elizabeth trabalhava como repórter da Ativa FM. Ela estava na área próxima à concentração quando foi atingida pelo carro alegórico. Ao todo, 20 pessoas foram imprensadas pela alegoria, a maioria trabalhava. O carro bateu na grade do Setor 1 no momento em que fazia a curva para entrar na Marquês de Sapucaí.
Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil e vão responder por atropelamento envolvendo veículos automotores terrestres. Os indiciados são o diretor de carnaval Leandro de Azevedo Machado; o diretor da alegoria Jaime Benevides de Araújo Filho; o engenheiro Edson Marcos Gaspar de Andrade; e o motorista Francisco de Assis Lopes. A pena para o crime varia de seis meses a dois anos de detenção.
Após prestar depoimento na delegacia, o motorista do carro alegórico chegou a pedir desculpas às vítimas e disse que não teve culpa pelo acidente. Na ocasião, Francisco apontou a parte acoplada ao carro como a razão para o desastre. Segundo ele, que tem 53 anos, sua visão ficava prejudicada por causa do adereço, e não havia orientação suficiente por parte de representantes da escola para que a alegoria seguisse guiada com segurança. Sobre isso, Leandro Azevedo, diretor de carnaval da Paraíso do Tuiuti discordou. Ele afirmou que, no momento do acidente, cinco pessoas orientavam o motorista.
Na segunda noite de desfiles do Grupo Especial, a estrutura de um carro da Unidos da Tijuca cedeu e pelos menos 15 pessoas ficaram feridas. Componentes foram retirados da alegoria pelos bombeiros, e integrantes da escola fizeram uma barreira para impedir que pessoas chegassem perto do carro, que atrapalhou a entrada das alas durante o desfile.
Fonte - O Globo
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