Com ordem de enxugar gastos, o Jornalismo da Globo está cortando alguns de seus salários mais altos. Na sexta (1º), foram demitidos o repórter especial Roberto Paiva e o produtor especial Robinson Cerântula, que esteve por trás de alguns dos maiores furos policiais da emissora. Fernando Saraiva, que foi correspondente do Grupo Globo em Londres, também está de saída depois de 22 anos --ele afirma que a decisão foi tomada em comum acordo.
O Notícias da TV apurou que os contratos de Paiva e Cerântula foram rescindidos por causa dos ganhos elevados dos profissionais. O produtor tinha 28 anos de emissora e foi responsável pelos maiores furos jornalísticos policiais da Globo nas últimas três décadas. Ele produziu reportagens para César Tralli e César Galvão, entre outros.
Já Roberto Paiva começou nos anos 2000 em afiliadas da Globo no Paraná, passou pelo Pará e estava em São Paulo havia mais de dez anos.
Além do corte de gastos, a Globo vive um momento de transição no Jornalismo desde o início do ano --Ana Escalada assumiu a direção em São Paulo no lugar de Cristina Piasentini, e tem investido em rostos novos (e mais baratos).
Fernando Saraiva, que estava há 22 anos no Grupo Globo, foi correspondente esportivo em Londres durante dois anos e apresentou a edição noturna do SporTV News, também saiu da emissora. O jornalista afirmou que a decisão foi tomada em acordo com seus chefes. "Orgulho gigantesco da carreira que construí", valorizou.
"Depois de 22 anos de trabalho, cheguei a um acordo pra deixar o Grupo Globo. Puxa, 22 anos, metade da minha vida. Nesse tempo, consegui realizar a maioria dos meus objetivos profissionais: conheci mais de 50 países, cobri Copa do Mundo, Olimpíadas, mais de 10 campeonatos mundiais fora do Brasil, fui correspondente internacional, apresentador", escreveu ele em seu perfil no Instagram.
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