Em um ano em que se viu obrigada a realizar a maior demissão de jornalistas de sua história, a Globo dispensou veteranos e também viu muitos funcionários de prestígio pedirem demissão para irem trabalhar na concorrência. Com o desfalque em seu elenco, foi necessário promover uma enorme dança das cadeiras no setor, realocando peças de destaque em espaços estratégicos e testando talentos de seu elenco para novas funções.
A maior mexida no Jornalismo da Globo se deu por conta do pedido de demissão de Tiago Leifert, que surpreendeu sua chefia ao decidir interromper seu vínculo com a emissora alegando razões pessoais. Embora ele integrasse o núcleo de Entretenimento, várias mudanças foram realizadas a partir de sua saída.
Tadeu Schmidt ganhou a chance de assumir o comando do Big Brother Brasil e fará sua estreia em 17 de janeiro na nova função. Por conta disso, precisou sair do Fantástico, abrindo caminho para Maju Coutinho no programa. Ela já cobria férias dos titulares, e foi escolhida para ocupar fixamente o novo posto.
Como a apresentadora não tem familiaridade com Esportes, achou melhor promover Alex Escobar para o dominical, ficando responsável exclusivamente pelo bloco que analisa a rodada dos campeonatos de futebol e pelo comando dos cavalinhos que representam os times.
Com Maju no Fantástico, César Tralli foi efetivado no Jornal Hoje, assumindo integralmente o comando de um noticiário nacional da Globo. Alan Severiano, que vinha comandando o quadro da situação da pandemia e vacinação do país, exibido diariamente no Jornal Nacional, ficou com a vaga do SP1. Malu Mazza, repórter da RPC, afiliada paranaense da emissora, que ganhou projeção nacional nas coberturas da Lava Jato e da prisão de Lula, assumiu o posto no bloco do noticiário de William Bonner e Renata Vasconcellos.
Outra peça importante que mobilizou uma grande mexida nas estruturas da Redação foi a surpreendente saída de Anne Lottermann, efetivada no mapa-tempo do Jornal Nacional em dezembro de 2019. Ela deixou a Globo para seguir com Faustão à Band, onde apresentará ações de merchandising e terá mais oportunidades de ganhos.
Ali Kamel, chefão do Jornalismo, não teve muito tempo para agir e precisou trabalhar com as peças que tinha em mãos. Eliana Marques, enfim, recebeu a merecida efetivação no Jornal Nacional após ser escanteada por duas vezes anteriormente. Além de apresentadora do mapa-tempo, ela chefia a área de cobertura de meteorologia na Globo e está na função há mais de 13 anos.
Jacqueline Brazil também se deu bem e deixou o ingrato horário da madrugada para assumir o Jornal Hoje e o SP1. A situação no Hora Um e Bom Dia Brasil, noticiários que ela ocupava como titular, ainda estão indefinidas. A chefia ainda estuda a efetivação de Tiago Scheuer ou Marcelo Pereira, já que estão treinados para a função. O primeiro é mais experiente, mas o segundo está mais habituado à dura tarefa de trocar o dia pela noite, pois já pertence ao time de repórteres da madrugada.
O Jornal Nacional também precisou de reforços em sua bancada. Com a debandada de profissionais, abriu-se espaço para mais dois âncoras entrarem na escala de plantões do principal noticiário da casa: Aline Midlej, apresentadora da GloboNews, e Paulo Renato Soares, repórter experiente da Globo, foram os escolhidos e fizeram suas estreias em setembro.
No pacote de plantonistas, o Hora Um também precisou de reforço no time de substitutos de Roberto Kovalick, e o experiente repórter César Menezes foi aprovado após gravar uma sequência de pilotos e fez sua estreia como apresentador em dezembro.
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