Buscar

20/10/2021 às 15:30, Atualizado em 20/10/2021 às 11:03

Polícia procura 18 paraguaios escravizados por traficantes de cigarros no Brasil

A ação é um desdobramento da operação desencadeada no Brasil com o apoio da Receita Federal

Cb image default
Ação busca desarticular organização envolvida em produção clandestina de cigarros - Reprodução/O Globo

Um grupo formado por 18 paraguaios, que podem estar sendo escravizados por organização criminosa brasileira, é procurado pela PF (Polícia Federal). A ação é um desdobramento da operação desencadeada no Brasil com o apoio da Receita Federal e tem como objetivo desarticular, a produção de cigarros em cidades do Rio Grande do Sul.

Como parte da busca pelos paraguaios, a Polícia Federal e a Receita Federal realizaram uma operação nesta terça-feira nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, onde apreenderam 10 milhões de embalagens de cigarros piratas, que podem ser a maior carga apreendida até agora no Brasil, segundo informações do Última Hora.

A Polícia e a Receita trabalham com evidências que indicam que criminosos cooptaram mão de obra no Paraguai, mais precisamente em Foz do Iguaçu, para o Brasil, para serem mantidos em condições análogas à escravidão durante os chamados "ciclos de produção" dentro de uma fábrica clandestina no Rio Grande do Sul.

Além disso, indicou que a ideia era conseguir libertar pelo menos 18 trabalhadores em condições de escravatura na terça-feira, mas que o seu paradeiro ainda não foi alcançado. Os paraguaios estão sujeitos a regimes de trabalho ilegal e os telefones celulares são proibidos.

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram no ano passado para apurar o envolvimento da quadrilha no contrabando de cigarros na Região Metropolitana de Porto Alegre. Por outro lado, está sendo investigada a participação de gangues em crimes de tráfico de pessoas, corrupção de menores, lavagem de dinheiro e violações ao meio ambiente.

Em cada um dos ciclos de produção, os responsáveis ​​despejavam lixo e produtos químicos em uma área verde de Sapiranga, em Porto Alegre, e repetidamente enterravam o material em buracos cavados no solo. Enquanto isso, um adolescente de 17 anos seria um dos líderes da banda.

A estimativa é que a fábrica clandestina produza cerca de 10 milhões de embalagens por mês, com vendas mensais de 50 milhões de reais, cerca de US $ 8,9 milhões. É uma das maiores operações de combate ao contrabando e desfalque de cigarros realizada pela Polícia Federal brasileira este ano.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.