A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou o balanço de 2016 com redução nos índices que medem a violência no trânsito em rodovias federais.
Em comparação a 2015, o Órgão registrou uma redução de 6,8% no número de óbitos e de 3,9% no número de acidentes graves em rodovias federais. São classificados como acidentes graves aqueles em que se registra pelo menos um ferido grave ou um óbito.
O resultado é reflexo da estratégia operacional da PRF, que realiza campanhas de conscientização, operações pontuais em épocas de intensificação de deslocamentos, tal como férias e festas de final de ano, e reforços de policiamento em pontos críticos nas rodovias de todo o país.
No ano passado, a PRF também contabilizou mais de cinco milhões de autos de infração emitidos durante fiscalizações nas estradas que cortam o país.
Em 2016, ocorreram 20.994 acidentes graves em rodovias federais contra 21.854 ocorrências em 2015. A PRF contribuiu com a redução por meio de trabalho constante de fiscalização e de conscientização do motorista. Esta ocorre por meio de operações voltadas para a educação para o trânsito.
Desde dezembro de 2016, por exemplo, a PRF executa a Operação RodoVida. Em sua sexta edição, a RodoVida é esforço interministerial para redução da violência no trânsito e conta com reforço no efetivo da PRF em todo o Brasil. Neste ano, a operação vai até o início de março, após o carnaval.
Ao todo foram 21.439 feridos graves e 6.405 mortos em decorrência desses acidentes. Em comparação a 2015, houve uma redução de 4,8% no número de feridos graves – em 2015 foram 22.517. Os óbitos nas rodovias também caíram: em 2015 foram 6.871 – redução de 6,8%.
REDUÇÃO DE ACIDENTES
O número geral de acidentes - com ilesos, feridos leves ou graves - foi o que sofreu maior queda: em 2016 a PRF registrou um número 21% menor do que o número de acidentes em 2015.
Enquanto em 2015 foram registrados 122.090 acidentes nos 70 mil quilômetros de rodovias federais brasileiras sob os cuidados da instituição, em 2016 este número caiu para 96.296 acidentes registrados e atendidos pela PRF.
DECLARAÇÃO ELETRÔNICA DE ACIDENTES - e-DAT
Desde 2015 a Polícia Rodoviária Federal disponibiliza aos usuários de rodovias o sistema e-DAT, Declaração Eletrônica de Acidentes de Trânsito, que é um instrumento oficial para registro pela internet de ocorrências de acidentes em rodovia federal.
Podem ser registrados via e-Dat acidentes de natureza simples (aqueles com pequenos danos nos veículos, como, por exemplo, leves avarias nas partes externas que, em geral, estão relacionadas a acidentes de pequena monta); acidentes sem vítimas, que não tenham provocado dano ao meio ambiente ou ao patrimônio público; sem envolvimento de veículos oficiais, sem correlação com crime de trânsito (alcoolemia, por exemplo); que não tenham provocado interrupções de pista, entre outros requisitos.
Confira
NÚMEROS
Acidentes - 122.090 (2015) / 96.296 (2016) - redução de 21,1%
Acidentes graves - 21.854 (2015) / 20.994 (2016) - redução de 3,9%
Feridos graves - 22.517 (2015) / 21.439 (2016) - redução de 4,8%
Óbitos - 6.871 (2015) / 6.405 (2016) - redução de 6,8%
Estados com maior número de acidentes, acidentes graves e óbitos:
Acidentes gerais
MG - 15.495 (2015) / 14.319 (2016) - redução de 7,6%
SC - 14.162 (2015) / 10.700 (2016) - redução de 24,4%
PR - 12.638 (2015) / 10.924 (2016) - redução de 13,6%
RS - 9.894 (2015) / 7.531 (2016) - redução de 23,9%
BA - 7.027 (2015) / 5.426 (2016) - redução de 22,8%
Acidentes graves
MG - 3.268 (2015) / 3.035 (2016) - redução de 7,1%
PR - 2.279 (2015) / 2.339 (2016) - aumento de 2,6%
SC - 1,989 (2015) / 2.004 (2016) - aumento de 0,8%
BA - 1.291 (2015) / 1.289 (2016) - redução de 0,2%
RS - 1.115 (2015) / 1.139 (2016) - redução de 2,2%
Óbitos
MG - 956 (2015) / 822 (2016) - redução de 14,0%
PR - 583 (2015) / 652 (2016) - aumento de 12,4%
BA - 631 (2015) / 616 (2016) - redução de 2,4%
SC - 471 (2015) / 460 (2016) - redução de 2,3%
PE - 413 (2015) / 382 (2016) - redução de 7,5%
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO E FISCALIZAÇÃO
Além do patrulhamento ostensivo, por meio do qual a PRF fiscalizou 7.482.800 veículos e mais de sete milhões de pessoas em 2016, ações educativas também foram promovidas buscando sensibilizar motoristas e passageiros de seus papéis na construção de um trânsito mais seguro.
Durante as fiscalizações, em alguns postos, condutores abordados, enquanto aguardaram os procedimentos, foram convidados a assistir a vídeos que mostram comportamentos inadequados no trânsito e as consequências dessas condutas. A intenção é mostrar que a correta conduta do motorista é fundamental para a redução da violência no trânsito.
Mesmo com campanhas sobre o comportamento do motorista, a PRF emitiu 5.589.851 autos de infração durante todo o ano de 2016 – número 3,3% maior do que em 2015, quando a PRF registrou 5.410.234 autos de infração em todo o Brasil.
A conduta que resultou no maior número de infrações nas rodovias federais foi o excesso de velocidade. Do total de autos de infração, 3.272.673 foram para motoristas que dirigiram acima da velocidade da via.
Ao todo, 269.520 motoristas receberam autos de infração por realizarem ultrapassagens indevidas – conduta que causa o maior número de mortes em acidentes nas rodovias federais pela gravidade do acidente, que geralmente é frontal.
Em 2016, 21.405 motoristas também foram flagrados dirigindo sob a influência de álcool e foram notificados pela PRF.
Destes, 5.653 motoristas foram presos, pois apresentaram índice de álcool no sangue acima do permitido, configurando-se crime de trânsito.
Já a falta do uso do cinto de segurança - tanto por motoristas quanto por passageiros - resultou em 233.364 autos de infração em todo o ano passado.
OPERAÇÃO RODOVIDA
A Operação Rodovida, começou em dezembro de 2016 e tem por objetivo prevenir acidentes e diminuir a violência no trânsito nas rodovias federais durante o período de fim de ano, férias escolares e carnaval, quando o movimento nas estradas é intenso.
Ocorrendo simultaneamente em todo o Brasil, a Operação segue até o início do mês de março deste ano, com prioridade na atuação em pontos críticos das rodovias federais. Esses pontos foram elencados por meio de análises de dados estatísticos que apontam trechos com maior necessidade de reforço na fiscalização.
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