A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança oficialmente nesta quarta-feira (17) a Campanha da Fraternidade de 2021, com o tema "Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor".
No texto-base que detalha a iniciativa, a CNBB faz críticas relacionadas aos seguintes temas:
'Negação da ciência' durante a pandemia de Covid-19;
Atuação do governo federal no combate ao coronavírus;
Igrejas que não respeitaram o distanciamento social;
A "cultura de violência" contra mulheres, negros, indígenas e pessoas LGBTIQ+.
A campanha da fraternidade é tradicionalmente realizada pela Igreja Católica em parceria com instituições cristãs desde a década de 1960. O texto-base é escrito por membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e passa pelo aval da direção-geral da CNBB.
“A CFE 2021 quer convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual”, afirmou a CNBB em nota.
A confederação representa os bispos do país, e funciona como uma espécie de entidade de classe. A adesão à campanha não é obrigatória e depende de cada diocese.
O lançamento do tema ocorre sempre na quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa. O assunto é difundido nas celebrações e programações da comunidade religiosa.
ReaçãoApós a divulgação do texto-base, o posicionamento da CNBB e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) foi criticado nas redes sociais por parte de alguns internautas. Movimentos defendem que fiéis não façam doações para a campanha, que também tem como objetivo arrecadar recursos para melhorias nas igrejas e projetos sociais.
Parte do público que não apoia o tema afirma que o documento foi escrito por apenas uma pessoa. Em nota, o Conic afirmou que a redação "foi resultado de um processo coletivo de construção, que iniciou no final de 2019" e que "teve participação direta de pessoas de diferentes áreas do conhecimento, em especial, sociologia, ciência política e teologia".
Após o caso, a Aliança de Batistas do Brasil divulgou uma nota de solidariedade às instituições e apoio à campanha, classificando os ataques como "demoníacos".
Com informações do G 1
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.