Publicado em 04/10/2016 às 19:11, Atualizado em 04/10/2016 às 22:13
Há diversos tipos de hepatite, mas os tipos A e B possuem vacina para prevenção.
A vacina contra o vírus da hepatite A tem por objetivo a prevenção em praticamente 100% desta doença infecciosa causada por um vírus, cuja transmissão é tipo fecal-oral, ou seja, o vírus é excretado pelas fezes e contamina o humano através da ingestão de líquidos ou alimentos contaminados por ele. Apesar de ser considerada uma doença benigna, a hepatite A pode raramente causar uma forma fulminante de hepatite, muito grave e por vezes levando a morte do paciente. Nos adultos, a infecção pelo vírus da hepatite A costuma se manifestar de forma prolongada, e por vezes com reaparecimento dos sintomas, após melhora clinica. Como a maioria das doenças virais, a hepatite A não tem tratamento especifico, sendo quase sempre auto-limitada.
A vacina contra a hepatite A é uma das mais seguras vacinas disponíveis, praticamente isenta de reações e confere 100% de proteção. A vacina está indicada para todas as crianças a partir de 1 ano de idade, em duas doses, por via intramuscular, com intervalo de 6 meses entre elas. No adulto, não há limite superior de idade para receber a vacina. Nos pacientes que já possuem imunidade contra o vírus da hepatite A (documentada através de exame de sangue especifico), a vacinação não é necessária. A vacina contra a hepatite A pode ser feita concomitante a qualquer outra vacina, sem interferência.
A vacina contra a hepatite B é importantíssima, pois confere proteção contra um dos vírus de hepatite que pode se tornar uma doença crônica (para sempre), evoluindo muitas vezes para cirrose e câncer do fígado. A vacina contra o vírus da hepatite B está indicada para todas as crianças, no nascimento, pois tem a capacidade de prevenir a transmissão do vírus da hepatite B da forma dita “vertical”, ou seja, a transmissão da mãe para o recém-nascido no momento do parto. A vacina contra o vírus da hepatite B está indicada para TODAS as pessoas, num esquema de 3 doses, sendo a primeira dada nas primeiras horas de vida, a segunda entre 1 e 2 meses em relação à primeira dose, e a 3ª dose 6 meses após a primeira. Não há necessidade de reforço. A eficácia da vacina contra a hepatite B é superior a 95%, podendo ser menor em populações especiais, como obesos, diabéticos, pacientes com insuficiência renal crônica, entre outras situações clínicas.
A aplicação é feita por via intramuscular, sendo esta vacina extremamente segura, produzida por tecnologia de engenharia genética e praticamente livre de eventos adversos graves. A vacina está indicada em qualquer momento da vida, em ambos os sexos, com o objetivo da prevenção da aquisição do vírus da hepatite B por via sexual ou através da exposição de instrumentos contaminados com sangue de paciente portador do vírus da hepatite B. Em qualquer idade, o esquema é sempre de 3 doses. A vacina contra a hepatite B pode ser feita concomitante com qualquer outra vacina, sem interferência.
Hepatite A+B
Existe disponível uma vacina contra a hepatite A + B, combinadas numa só aplicação. Esta vacina está indicada para as pessoas que não tenha ainda recebido as vacinas contra os vírus A e B. É também aplicada em 3 doses (0, 1 e 6 meses), por via intramuscular. É uma opção muito interessante para adultos que querem se proteger contra os dois vírus de hepatite, de forma mais prática.
Segundo o Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, médico e diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização a hepatite é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, que causa inflamação do fígado. “Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por isso, a imunização é fundamental”, explica o médico.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
Fonte - Assessoria