O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, pontuou que as autoridades não estão felizes de ter que adotar uma postura mais rígida para conter a covid-19 em Mato Grosso do Sul.
No entanto, ele destacou que as mudanças são necessárias.
“Infelizmente nos vimos obrigados a tomar medidas duras para conter a movimentação de pessoas. Como gestores públicos temos a responsabilidade pública, moral e jurídica de salvar vidas, de cuidar das pessoas, de promover a segurança e o bem-estar, de gerir os serviços para que não faltem”, destacou.
No Facebook, ele pontuou que os que seguem as medidas de biossegurança corretamente, acabam pagando pelos que não seguem.
“Sabemos que a maioria da população está ciente e consciente do tamanho do problema que vivemos, mas lamentavelmente essas pessoas que seguem os protocolos, mantêm o distanciamento social e que se protegem, terão que pagar pelas que negam a ciência, desafiam as regras, descumprem as medidas de segurança, que não se importam com o semelhante e contaminam todo o trabalho que a maioria faz”, disse.
“Não estamos nada felizes com essas medidas que somos obrigados a tomar. Muito pelo contrário, pagaremos o preço político dessas decisões desagradáveis. Mas esse preço pagamos com honra e na certeza de ter feito para proteger e salvar vidas”, complementou.
Resende pontuou ainda que, não se trata apenas de números, mas sim de vidas.
MEDIDAS DURAS
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) decretou, nesta quarta-feira (24), o toque de recolher mais rígido em Mato Grosso do Sul.
Segundo decreto publicado em edição extra do diário oficial, o toque de recolher permanece de 20h às 5h de segunda a sexta-feira, mas é reduzido das 16h às 5h aos sábados e domingos.
Nenhum comércio não essencial pode funcionar neste período. Só podem circular pessoas e veículos durante o toque de recolher em razão de serviços indispensáveis à vida e à segurança, bem como em caso de emergência ou urgência.
Podem abrir durante o decreto os serviços de saúde, serviços de transporte, serviços de fornecimento de alimentos e medicamentos por meio de delivery, farmácias ou drogarias, funerárias, postos de combustíveis, indústrias, restaurantes instalados no interior de postos de combustíveis localizados em rodovias e hotéis e serviços congêneres.
Também são considerados essenciais hipermercados, supermercados e mercados, dentre os quais não se incluem as conveniências, sendo expressamente vedados o consumo de gêneros alimentícios e bebidas no local e o acesso simultâneo de mais de uma pessoa da mesma família, exceto nos casos em que for necessário acompanhamento especial.
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