Publicado em 02/02/2017 às 17:07, Atualizado em 02/02/2017 às 14:11
Criança está internada.
Secretaria Municipal de Saúde confirma leishmaniose em um bebê de oito meses. O caso foi constatado no Bairro Alta Floresta I, em Ladário.
Conforme o site, Diário Corumbaense, este é o primeiro caso de leishmaniose em humanos, registrado no município. A criança está internada no Hospital de Caridade de Corumbá e recebe o tratamento necessário. O estado de saúde do bebê é considerado estável.
A Secretaria Municipal de Saúde fará uma ação intensiva no bairro onde a criança mora. Agentes de saúde devem visitar imóveis a fim de detectar criadouros do mosquito Flebótomo, mais conhecido como mosquito Palha, transmissor da doença. Além disso, técnicos farão o trabalho de borrifação na área e exames em cães.
De acordo com as informações, de nove testes realizados em cachorros, sete foram positivos para a doença. Boletim de leishmaniose visceral, divulgado nessa quarta-feira (1º) pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), mostra que em 2016, 101 casos novos de Leishmaniose Visceral foram confirmados pelo Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificações).
Ao todo, seis pessoas morreram vítimas da doença, duas delas em Campo Grande, outras duas em Rui Verde de Mato Grosso, uma em Coxim e outra no município de Jardim.
Leishmaniose -
A transmissão da doença ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.
O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.
Sintomas da leishmaniose visceral:
Alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras - principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.
Sintomas da leishmaniose tegumentar ou forma cutânea: compromete pele e mucosas. Geralmente é caracterizada pela presença de úlcera cutânea única ou em pequeno número, com bordas elevadas e indolor, embora possa assumir formas diferentes. Provoca infiltração, formação de úlceras e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Também podem ocorrer perfurações do septo nasal ou do palato.
Tratamento -
As drogas de primeira escolha para tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.
O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.
Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B, paromomicina e pentamidina. Há vacinas em desenvolvimento no Brasil, já em fases avançadas.