O Ministério da Saúde autorizou neste sábado (4) a aplicação da quarta dose da vacina contra covid-19 para pessoas acima de 50 anos e trabalhadores da saúde de todas as idades. A medida foi antecipada há dois dias pelo ministro Marcelo Queiroga, mas agora se torna oficial.
Na prática, quem tomou a primeira dose de reforço há mais de quatro meses pode receber uma nova dose a partir de hoje.
Em nota técnica, o Ministério da Saúde diz que poderão ser aplicadas as vacinas da Pfizer, Janssen e AstraZeneca, independentemente das doses aplicadas anteriormente.
A pasta diz que tomou a decisão considerando a "necessidade de reforçar a imunização da faixa-etária e de trabalhadores que estão na linha de frente dos serviços de saúde, com maior risco de contaminação".
Até então, a segunda dose de reforço contra a covid-19 estava autorizada apenas para pessoas com 60 anos ou mais, além de imunossuprimidos.
A ampliação do público-alvo para a quarta dose se dá em um momento em que o Brasil enfrenta, após flexibilizações, uma alta no número de casos e internações pela covid-19 e enquanto estados e municípios voltam a, no mínimo, recomendar o uso de máscaras em locais fechados.
O número de mortes não tem tido a mesma elevação e há 12 dias a média móvel de óbitos registra estabilidade. Estudos publicados apontam que as vacinas utilizadas no Brasil aumentam a proteção contra a covid-19 mesmo entre pessoas que já tiveram a doença, evitando especialmente a ocorrência de mortes.
Até ontem, 77,4% da população brasileira se imunizou com duas doses ou com a dose única da vacina contra a covid-19, segundo dados compilados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Quase 93 milhões de brasileiros já tomaram ao menos uma dose de reforço contra o novo coronavírus, e 3,7 milhões tomaram a segunda dose de reforço, de acordo com os dados do consórcio.
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