Publicado em 21/06/2019 às 09:30, Atualizado em 21/06/2019 às 00:03
Nessa edição da Caravana, que acontece até o dia 5 de julho no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, em Campo Grande, estão sendo realizados apenas os procedimentos oftalmológicos.
Uma das principais causas de cegueira no mundo, a catarata é responsável por quase 90% dos atendimentos cirúrgicos da Caravana da Saúde. No programa do Governo do Estado, criado para atender pacientes que aguardam por consultas, exames e cirurgias, a maior parte dos procedimentos é de cirurgia de catarata. Mais comum em pacientes com idade acima dos 50 anos, a doença evolui de forma lenta, mas existe a catarata congênita, ou seja, crianças que já nascem com a cegueira. Em ambos os casos é possível reverter o problema.
No entanto, a única solução para a doença é a cirurgia, como explicou o médico oftalmologista Diogo Garcia, que atende na Caravana da Saúde. “Não há tratamento para a catarata. O tratamento é cirúrgico. O paciente começa a ter perda de visão progressiva até ficar totalmente cego e só a cirurgia pode resolver”.
O médico explicou que a doença é a opacificação de uma lente intraocular natural, chamada de cristalino. Essa lente nos proporciona o foco da visão em diferentes distâncias. Com o avanço da idade, o primeiro sintoma é a vista cansada, quando as fibras do cristalino aumentam de espessura e também de diâmetro. Muitas pessoas começam a usar óculos nessa fase, para descansar os olhos. Quando a lente natural começa também a perder a elasticidade e torna-se opaca, a vista começa a embaçar, até que o indivíduo não consiga enxergar nada além de vultos e luzes, podendo ficar totalmente cego.
“Eu comecei a sentir que a minha vista estava embaçando. De repente, em questão de meses, não estava mais enxergando nada do olho direito. É muito ruim. Muito mesmo. Eu não tinha dinheiro para fazer uma cirurgia particular porque é muito caro pra mim. Estou esperando na fila do SUS há quatro meses pela cirurgia”, contou a merendeira Maria Alves, 67 anos. “Agora posso respirar aliviada porque sei que sairei daqui, no dia da cirurgia, enxergando tudo”,
Nessa edição da Caravana, que acontece até o dia 5 de julho no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, em Campo Grande, estão sendo realizados apenas os procedimentos oftalmológicos. A expectativa é realizar 2 mil cirurgias (catarata, yag laser, pterígio e vitrectomia), 24 mil exames e 8 mil consultas.
Há 12 anos participando do mutirão, o oftalmo Diogo afirma que todos os procedimentos realizados na Caravana da Saúde são feitos com muita qualidade e o resultado é o mesmo como se o paciente estivesse em outro ambiente. “Conseguimos dar qualidade a todo processo de exames, consultas e cirurgias. Além disso, fazemos isso há muito tempo. É uma satisfação imensa ver pessoas saindo da cirurgia e se emocionando ao enxergar coisas simples”.