Publicado em 16/08/2019 às 08:30, Atualizado em 15/08/2019 às 21:26
Os mais de R$ 6 milhões de reais que serão investidos na prevenção, são provenientes do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
O Ministério da Cidadania conquistou cerca de R$ 6,2 milhões para investir na prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas por gestantes, lactantes e mães de crianças na primeira infância, que vai até os três anos de vida. Elas irão receber orientações de técnicos capacitados, visando a promoção da saúde, o fortalecimento de vínculos familiares e a proteção e conscientização sobre os riscos que estas substâncias podem causar.
O projeto Hera, que faz referência à deusa do nascimento na mitologia grega, foi elaborado pela Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção ao Uso de Drogas (Senapred), e irá capacitar 10,4 mil trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas), do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) em todo o País.
Os mais de R$ 6 milhões de reais que serão investidos na prevenção, são provenientes do Fundo de Defesa de Direitos Difusos – ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O dinheiro é fruto de condenações judiciais, indenizações e multas aplicadas em ações do Conselho Administrativo de Defesa do Econômica (Cade). Os projetos e programas que serão financiados pelo órgão devem ter como foco a recuperação, conservação e preservação do meio ambiente; à proteção e defesa do consumidor; à promoção e defesa da concorrência; ao patrimônio cultural brasileiro, entre outros. O Fundo é comandado por um Conselho Federal Gestor, composto por representantes do governo federal, Ministério Público Federal e sociedade civil.
De acordo com o secretário Nacional de Cuidados e Prevenção ao Uso de Drogas do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro, os recursos serão fundamentais para levar este tipo de informação para um público, às vezes, esquecido nas campanhas de prevenção. “Temos que ter um cuidado grande com essa população, já que as drogas que forem utilizadas pelas mães durante a gestação e o período de amamentação acabam atingindo diretamente o feto e a criança. E, dessa forma, afeta o seu sistema nervoso central, em especial o seu cérebro que está em formação”, disse.
O secretário também alerta para o uso de drogas das mães durante a primeira infância dos filhos. “Nós sabemos que a primeira infância é um período extremamente importante para o desenvolvimento das pessoas. E as crianças precisam de um cuidado bastante especial, se as mães utilizam essas substâncias psicoativas, a qualidade do cuidado pode estar prejudicada”, reforçou.
Fonte - Portal Brasil