A vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford começará a ser produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir de dezembro. A presidente da instituição confia na eficácia do tratamento.
Em entrevista à Globo, Nísia Trindade Lima, atribuiu uma nota de 0 a 10 para a vacina. "Dou 9,5 exatamente pelo rigor que nós temos que ter. E por que isso? Baseado num artigo científico e todo o acompanhamento científico que nós temos feito. Agora, a vacina tem que ser combinada a outras estratégias de saúde pública. É muito importante dizer isso. Há que continuar a pesquisa, há que ter uma boa estratégia de imunização e pra isso nós temos um Programa Nacional de Imunização", disse.
O acordo da Fiocruz com a Universidade de Oxford, assinado na última sexta-feira (31), prevê a produção de 100 milhões de doses. A fabricação será feita pelo Instituto Tecnológico de Vacinas (Bio-Manguinhos), que não precisará importar o princípio farmacêutico da vacina.
"Esse é um fato inédito porque estaremos desenvolvendo a vacina em tempo recorde, porque já havia uma base científica e tecnológica na própria Fiocruz e na Universidade de Oxford, a partir de pesquisas. É uma esperança que vem da ciência", afirmou Nísia.
Os testes com a vacina, que estão na fase três, se prolongarão até julho de 2021, mas a fundação se prepara para a fabricação já prevendo avaliações entre novembro e dezembro deste ano.
"É importante que a vacina sairá a um custo de dose em torno de R$ 16, e que isto é possível porque estamos seguindo a orientação da farmacêutica, de que neste momento da pandemia a vacina tem de ser vista como bem público. Essa também é a defesa que fazemos para o nosso Sistema Único de Saúde", disse a presidente da Fiocruz.
Fonte: Yahoo Notícias
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