Publicado em 29/01/2017 às 10:00, Atualizado em 29/01/2017 às 01:36
A melhor forma de prevenir a doença é a vacina.
Nos últimos dias, o Brasil tem registrado alguns casos de febre amarela. A doença necessita de cuidados e o melhor remédio é a prevenção. Os produtores rurais também devem estar atentos.
Segundo o Ministério da Saúde, até quinta-feira (26), foram registrados 550 casos suspeitos, dentre eles, 72 foram confirmados e 23 descartados. O estado de Minas Gerais ainda concentra o maior número de registros, com 502 casos, em 51 municípios.
A melhor forma de prevenir a doença é a vacina. A população, principalmente da zona rural, deve ficar atenta para manter o calendário de vacinação em dia.
O esquema de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde contra a febre amarela é de duas doses da vacina, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.
Em entrevista ao portal do Ministério da Saúde, a coordenadora do Programa Nacional de Imunização afirma que a partir dos 5 anos de idade, quem nunca tomou a vacina ou não tem conhecimento de ter tomado deve receber a primeira dose e um reforço, após 10 anos.
A imunização é recomendada para toda a população das áreas com recomendação da vacina e pessoas que vão viajar para regiões silvestre, rurais, ou de mata dentro dessas áreas.
Com o aumento dos casos, alguns municípios do Espirito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia foram incluídos nas áreas de recomendação.
As ações de vacinação também foram intensificadas, com buscas ativas na zona rural e o envio de doses extras para algumas regiões.
Sobre a doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. O principal hospedeiro do vírus da doença é o macaco.
Na mata, a febre amarela silvestre é transmitida por picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios.
Saiba quem deve se vacinar contra a febre amarela
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da saúde, explica sobre o número de doses necessário, como a vacina deve ser administrada, além da recomendação para viajantes e população em áreas de risco.
Nesta entrevista ao Blog da Saúde, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, esclarece que não há mudança no esquema vacinal da febre amarela.
A estratégia de duas doses, adotada no Brasil, é segura e garante proteção durante toda a vida. A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento.
A coordenadora explica que a vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de aproximadamente 95%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura.
Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros. Portanto, mesmo em um momento de intensificar as ações de vigilância da febre amarela, é necessário orientar a população quanto à necessidade de se vacinar.