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01/04/2024 às 09:03, Atualizado em 31/03/2024 às 23:20

Pais que se negam a vacinar e matricular filhos na escola viram alvo do Ministério Público

Órgão apura possível situação de risco de três crianças; pais alegam "vida natural"

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Foto - Reprodução Correio do Estado

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu procedimento administrativo para apurar possível situação de risco de três crianças, cujos pais não as matricularam na escola e se negam a vaciná-los.

O edital com a abertura do procedimento está no Diário Oficial do órgão de segunda-feira (31). O processo, no entanto, está em sigilo.

Conforme a publicação, a família é moradora de São Gabriel do Oeste. O casal não matriculou três filhos menores de idade na rede pública ou particular de ensino, além de se negarem à aplicação de vacinas básicas incluídas no calendário de imunização.

A promotora de Justiça Isabelle Albuquerque dos Santos Rizzo disse, ao site Idest, que foram feitas várias tentativas de resolver a situação, para garantir o direito das crianças, de idades entre 2 e 7 anos, de forma extrajudicial, mas sem sucesso.

O caso chegou ao Ministério Público através de denúncia do Conselho Tutelar do município, que informou o órgão sobre a falta de matrícula e vacinas consideradas básicas.

Os pais informaram que mantém um estilo de vida natural e, por este motivo, se recusam à aplicação de vacinas.

Com relação à falta de matrícula, a mãe alegou suposta preocupação com a alimentação dos filhos fora de casa e com a segurança durante o transporte escolar. A mãe disse ainda que ela mesma ministra aulas às crianças em casa.

Outro fator de preocupação é a renda dos pais, que é de aproximadamente R$ 2 mil para os cuidados com três crianças. Eles não podem receber auxílios de programas do governo federal, pois uma das condições para cadastro é que os filhos estejam matriculados em escolas.

A prefeitura local, através da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria de Educação, foram informadas sobre o caso e acompanham as investigações.

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