Publicado em 09/02/2022 às 07:33, Atualizado em 08/02/2022 às 18:56
Secretário prevê liberação da quarta dose, nesta terça, e reforça pedido que população se vacine
Cenário anunciado e previsto por autoridades estaduais de saúde, a variante Ômicron do coronavírus tomou conta de Mato Grosso do Sul e representa 100% das amostras coletadas pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) e sequenciadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de Minas Gerais.
A expectativa é de que a vacinação - com previsão de inclusão da quarta dose -, possa reduzir os danos da covid-19, que tem recorde de infecções em território sul-mato-grossense, e que tem feito as mortes representarem proporção inferior, mas ainda preocupante - são cerca de 16 vítimas pela doença ao dia.
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou na terça-feira (8) ao Campo Grande News que 94 coletas foram enviadas no último fim de semana, com participação de um pesquisador belo-horizontino, e todas fazem parte da mutação do vírus, que possui característica mais transmissível - ou seja, são é mais fácil de ser disseminada.
Isso mostra que a Ômicron é dominante em todo Mato Grosso do Sul assim como em outros estados. Mostra o porquê desse crescimento abrupto da doença, no Estado. Já se esperava, mas agora é confirmado.”
Resende explicou que o outra análise será feita e o resultado deve se consolidar nos próximos 15 dias. “Acredito que todas as novas 94 amostras vão ser, também, da Ômicron.”
Quarta dose - O titular da SES ressalta a importância da vacinação e comenta que a quarta dose da vacina poderá ser aplicada em idosos, acima dos 60 anos, e profissionais de saúde, após seis meses, quando houver permissão do COE (Centro de Operações de Emergências). “Vamos decidir hoje a tarde a questão da quarta dose, após ouvir o COE, tendo em vista que temos grande quantidade de profissionais de saúde infectados nos municípios.”
"A vacinação está aquém do desejado, estamos ainda com muita dificuldade para fazer com que as doses de reforço sejam feitas, a terceira dose. Temos mais de 200 mil pessoas que não tomaram a dose de reforço, mais da metade que tomou Janssen não fez o reforço.”
Atualmente, a vacinação é feita contra a covid em todas as cidades, conforme cada secretaria municipal, a indivíduos acima de cinco anos. “Temos dificuldade para vacinar crianças, de cinco a 11 anos, devido a esse trabalho, que eu entendo criminoso, dos chamados antivacina e daqueles que espalham informações mentirosas, acerca das vacinas.”
Outra preocupação, segundo ele, é a ativação de leitos de intensiva, que tem de ser acelerada pelos municípios. “Ao menos, aqui na Capital, já que a taxa de ocupação é a mais preocupante, hoje.”
“Vamos abrir 10 leitos em Naviraí, em parceria com a administração municipal, e temos também a possibilidade de 10 novos leitos em Três Lagoas, caso necessite abertura imediata. Já temos avançado muito, em leitos”, anuncia.