Publicado em 14/12/2018 às 09:00, Atualizado em 14/12/2018 às 02:12
Segundo informações do técnico da SES, as armadilhas ficarão disponíveis ao município.
Após a confirmação de casos de leishmaniose visceral em cachorros no estado de MS, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está realizando diversas ações em parceria com os municípios para fortalecer o combate ao vetor transmissor da doença.
Nova Andradina, que está na rota das cidades onde foram diagnosticados casos em caninos, foi uma das cidades contempladas com o plano de prevenção e controle do Lutzomia longipalpis ou mosquito palha, como é conhecido o inseto causador da leishmaniose, doença que provoca lesões graves no corpo e pode ser transmitida às pessoas e animais.
Nesta quinta-feira (13), o gerente técnico de entomologia da SES, Paulo Silva de Almeida fez a entrega de armadilhas para capturar o mosquito transmissor da doença ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município.
Foram entregues sete dispositivos luminosos, que serão instalados em pontos estratégicos. As armadilhas são uma espécie de lamparina, com um saco e exaustor. A luz atrai o mosquito, que é sugado para dentro do recipiente através do exaustor.
Segundo informações do técnico da SES, as armadilhas ficarão disponíveis ao município, que ainda precisará adquirir as baterias para o seu funcionamento. “Os dispositivos serão instalados em residências, galinheiro, canil e outras localidades para fazer o monitoramento e coleta, com o objetivo de verificar se encontra o vetor nesta região, pois já foram registrados casos em Dourados, Bataguassu e Campo Grande”, informa.
A secretaria municipal de saúde também recebeu folders sobre arboviroses, ou seja, informativos sobre dengue, zika e chikungunya. Os materiais serão utilizados pelos agentes para fazer o trabalho contínuo de prevenção casa a casa.
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.
Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de Leishmaniose Visceral, ao apresentarem esses sintomas, devem procurar o serviço de saúde mais próximo e o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada.
Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis. Raposas (Lycalopex vetulus e Cerdocyon thous) e marsupiais (Didelphis albiventris) têm sido apontados como reservatórios silvestres. No ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor.