Publicado em 09/04/2019 às 06:30, Atualizado em 08/04/2019 às 22:10

MS já registrou 16 casos de leishmaniose visceral em 2019

Durante todo o ano de 2018, o registro de casos pela doença chegou a 114, sendo oito óbitos registrados.

Redação,
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Divulgação

Boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgado nesta segunda-feira (08) aponta que Mato Grosso do Sul registra até o momento em 2019, 16 casos de leishmaniose visceral. Um óbito foi constatado pela doença em Três Lagoas.

Oito cidades do Estado registraram casos da doença, sendo Alcinópolis (1 caso), Aparecida do Taboado (1), Aquidauana (1), Bataguassu (1), Campo Grande (8), Corumbá (1), Coxim (2), Três Lagoas (1).

Durante todo o ano de 2018, o registro de casos pela doença chegou a 114, sendo oito óbitos registrados.

Na comparação da média do número de pessoas infectadas pela doença por mês, até ao momento, 2019 tem apresentado menos casos, já que em 2018, a média de pessoas infectadas por mês foi de 9,5, e em 2019, esta se encontra em 5,5.

A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, e, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos. A doença é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha (principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis).

O Ministério da Saúde alerta que esses insetos se desenvolvem em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo) e costumam se abrigar em abrigos de animais domésticos.

No ambiente urbano, o cão é a principal fonte de infecção para o vetor, podendo desenvolver os sintomas da doença, que são: emagrecimento, queda de pelos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores, desnutrição, entre outros.

A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

A eutanásia de animais é recomendada como uma das formas de controle da Leishmaniose Visceral, mas deve ser realizada de forma integrada às demais ações recomendadas pelo Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento nos cães pode até resultar no desaparecimento dos sinais clínicos, porém eles continuam a ser fontes de infecção para o vetor, e, portanto um risco para saúde da população humana e canina.