Publicado em 25/10/2022 às 15:47, Atualizado em 25/10/2022 às 14:49
Os kits permitem analisar cerca de 190 amostras e a expectativa que os testes sejam realizados nesta quarta (26)
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebeu do Ministério da Saúde dois kits, que permitem analisar 190 amostras, para diagnósticos da monkeypox ou a conhecida varíola dos macacos.
A expectativa é que os testes possam ser realizados já nesta quarta-feira (26).
Os testes chegaram no fim da semana e as equipes do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) estão fazendo a validação dos testes, kits e dos equipamentos para dar início às análises das amostras.
“A equipe do Lacen está seguindo os protocolos e validando os testes e os kits de controle para saber se há a compatibilização deste material com os nossos equipamentos de extração. A previsão, se tudo estiver validado, é que na quarta-feira já iniciamos as análises das amostras colhidas no Lacen”, disse o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o teste encaminhado para o Estado é capaz de fazer a identificação do vírus a partir das amostras colhidas em cada indivíduo. O material genético é coletado a partir da secreção formada pelas lesões que surgem na pele.
A farmacêutica bioquímica do Lacen, Miriam Tokeshi, explica que a orientação do Ministério da Saúde é que os testes sejam usados em pessoas com suspeitas da doença.
“É importante dizer que esse kit permite fazer a análise em 190 amostras, mas o Ministério da Saúde ainda não nos informou se vamos receber novos testes”.
A expectativa é que sejam realizados uma média de 30 testes por semana. Segundo a farmacêutica, antes do recebimento desses kits, as amostras eram encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que analisava e mandava os resultados. Desta forma, a análise das amostras será mais rápida no Estado.
Monkeypox
A doença é causada pelo vírus Monkeypox, vírus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Embora receba a nomenclatura de “varíola dos macacos”, o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos.
Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.
Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza. Quaisquer sintomas, procure uma unidade de saúde.
Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.