Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (26), aumento de 30% nos recursos destinados ao PNTN (Programa Nacional de Triagem Neonatal), responsável pelo teste do pezinho. O orçamento anual do programa passa para R$ 130 milhões, com objetivo de ampliar o alcance e acelerar o diagnóstico de doenças em recém-nascidos.
Metade do valor adicional, cerca de R$ 15 milhões, será usada para apoiar os programas estaduais e financiar a construção de um laboratório por região do país. A outra metade será destinada à parceria com os Correios, que ficará responsável pelo transporte das amostras coletadas nas unidades de saúde até os laboratórios regionais.
Com a nova logística, o tempo médio para a liberação dos diagnósticos deve cair pela metade, passando a até cinco dias, segundo estimativa do ministério.
“Estamos estruturando toda a base necessária para viabilizar a ampliação do teste do pezinho de forma rápida e efetiva. A criação dos centros regionais vai permitir que estados com menor população, que enfrentam maior dificuldade de escala e logística, possam se associar a esses centros, garantindo acesso ao exame com mais qualidade e agilidade”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o anúncio em São Paulo.
O teste do pezinho é obrigatório em todo o país e deve ser feito entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê. A coleta de sangue é realizada no calcanhar e permite rastrear doenças genéticas, metabólicas e infecciosas antes do aparecimento de sintomas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar sequelas graves e garantir tratamento adequado logo nos primeiros meses de vida.
Atualmente, o exame está disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), maternidades, casas de parto e em comunidades indígenas e quilombolas. A ampliação da rede laboratorial e a melhoria da logística devem beneficiar principalmente regiões mais afastadas dos grandes centros, onde o tempo de envio e análise das amostras costuma ser maior.
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