Publicado em 27/07/2016 às 19:29, Atualizado em 27/07/2016 às 22:00
O informe semanal reúne as informações encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde até 23 de julho. Outros 3.062 casos permanecem em investigação
Novo boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (27), aponta que, até 23 de julho, foram confirmados 1.749 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Permanecem em investigação pelo Ministério da Saúde e pelos estados 3.062 casos suspeitos de microcefalia em todo o país.
Desde o início das investigações, em outubro do ano passado, 8.703 casos foram notificados ao Ministério da Saúde. Destes, 3.892 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causa não infecciosas. Também foram descartados por não se enquadrarem na definição de caso.
Do total de casos confirmados (1.749), 272 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. Os 1.749 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 609 municípios, localizados em todas as unidades da federação e no Distrito Federal.
No mesmo período, foram registrados 371 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Isso representa 4,3% do total de casos notificados. Destes, 106 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 200 continuam em investigação e 65 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos estados, além da possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 23 de julho de 2016
Regiões e Unidades Federadas
Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados2,3
Descartados4
Brasil
3.062
1.749
3.892
8.703
Alagoas
63
79
189
331
Bahia
652
282
284
1.218
Ceará
152
136
260
548
Maranhão
93
134
62
289
Paraíba
249
155
494
898
Pernambuco
398
376
1.300
2.074
Piauí
12
92
74
178
Rio Grande do Norte
191
123
135
449
Sergipe
76
117
57
250
Nordeste
1.886
1.494
2.855
6.235
Espírito Santo
88
22
68
178
Minas Gerais
68
4
63
135
Rio de Janeiro
317
95
187
599
São Paulo
365
11
189
565
Sudeste
838
132
507
1.477
Acre
12
2
30
44
Amapá
2
7
4
13
Amazonas
13
8
5
26
Pará
56
1
0
57
Rondônia*
4
5
9
18
Roraima
4
10
13
27
Tocantins
63
17
88
168
Norte
154
50
149
353
Distrito Federal
4
6
39
49
Goiás
39
15
95
149
Mato Grosso
92
36
128
256
Mato Grosso do Sul
10
5
14
29
Centro-Oeste
145
62
276
483
Paraná
0
4
37
41
Santa Catarina
3
1
6
10
Rio Grande do Sul
36
6
62
104
Sul
39
11
105
155