Um levantamento inédito do Observatório da Cidadania de Mato Grosso do Sul (OCMS) revelou que 29.088 pessoas apresentam Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado, segundo dados do Censo 2022. O número corresponde a 1,1% da população sul-mato-grossense, estimada em 2,7 milhões de habitantes.
O painel, lançado nesta segunda-feira (15), organiza as informações em mapas, tabelas e gráficos interativos, permitindo consultas detalhadas sobre idade, sexo, cor ou raça, escolaridade e até condições de saneamento das pessoas com diagnóstico.
De acordo com o estudo, a maior concentração de casos está entre crianças de 5 a 9 anos, com 4.237 registros. Os homens correspondem à maioria, representando 60,69% do total (17.654 pessoas). Pelo recorte de cor ou raça, 46,4% se declararam brancos, 44,4% pardos, 5,6% pretos, 2,6% indígenas e 1% amarelos.
Na análise por municípios, Corguinho lidera proporcionalmente, com 2% da população diagnosticada com TEA. Em seguida aparecem Bela Vista (1,7%), Itaporã (1,6%), Cassilândia (1,5%) e Costa Rica (1,4%). Já Rio Negro (0,4%) e Novo Horizonte do Sul (0,3%) apresentam os menores índices.
O painel também possibilita comparar a prevalência do autismo em Mato Grosso do Sul com outros estados. Acre (1,6%) e Amapá (1,5%) apresentam os maiores percentuais. MS aparece junto a Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão e Pará, todos com 1,1%.
Criado em 2024, o Observatório da Cidadania é uma iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania e a Fundect, com o objetivo de fortalecer a cidadania ativa e qualificar dados para subsidiar políticas públicas. O painel completo está disponível em www.observatoriodacidadania.ufms.br.
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