Publicado em 30/07/2019 às 10:00, Atualizado em 30/07/2019 às 01:18
Cesáreas representam 65% dos partos realizados no ano passado na instituição. Projeto de incentivo ao parto normal será implementado até o final deste ano.
Com o intuito de reduzir o número de partos cirúrgicos ou cesarianas desnecessárias e de melhorar o atendimento às gestantes e aos bebês, o Hospital Regional (HR) de Nova Andradina irá implementar até o final deste ano um projeto de incentivo ao parto natural.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa máxima de cesáreas recomendada é de 15%, mas no Brasil, esse índice chega a 56% do total de partos. No HR, este índice é ainda superior ao registrado no país.
Somente no ano passado, em 2018, as cesáreas representaram 65% dos partos realizados na instituição hospitalar. Em números reais, o hospital realizou 734 partos, destes 438 partos cirúrgicos.
Para reverter esses indicadores, o prefeito de Nova Andradina Gilberto Garcia visitou o Centro de Parto Normal Magdalena Targa do Nascimento, Maternidade de Sidrolândia, referência na implantação dessa prática de modelo de parto e nascimento no estado de Mato Grosso do Sul.
A visita técnica aconteceu na última semana. O prefeito esteve acompanhado pela primeira dama e vereadora Joana Darc Bono Garcia, direção do HR e da equipe de saúde da rede municipal, representados pelo diretor geral Nelson Custódio da Silva e as enfermeiras Tatiane Negri , Aline Leviski, Rosenilda da Silva Alves,coordenadora da Rede Cegonha, onde todo o grupo conheceu o funcionamento e a estrutura física da instituição.
De acordo com Nelson Custódio, a administração municipal é sensível quanto a importância do parto natural para a mãe e para o bebê, assim como a garantia, conforto e segurança na hora do parto.
“O desejo do prefeito é mudar o cenário obstétrico da nossa cidade, buscando atingir os índices preconizados pelas organizações de saúde no que refere às boas práticas de assistência ao nascimento. Por isso, fomos verificar os resultados e compreender as concepções dos profissionais acerca da humanização do parto e investigar como esse modelo é entendido e incorporado pela equipe em suas práticas e cuidados”, explicou o diretor geral do HR.
Para promover as mudanças, o hospital irá efetuar adequações de recursos humanos; capacitar os profissionais para ampliar a segurança na realização do parto normal; promover o engajamento do corpo clínico, da equipe e das próprias gestantes, além de rever as práticas relacionadas ao atendimento das mães e dos bebês, desde o pré-natal até o pós-parto.
Nas palavras de Gilberto Garcia: “Não temos vergonha de admitir que vamos copiar o que é bom! Em breve, o Hospital Regional vai oferecer para as Mulheres de Nova Andradina e região o Parto Humanizado!”, frisou o chefe do poder executivo municipal.
Sobre a cesariana
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cesariana é um procedimento cirúrgico que, quando realizado por razões médicas, pode salvar a vida da mulher e de seu bebê. No entanto, muitas delas são feitas desnecessariamente, o que pode colocar em risco a vida e o bem-estar das mães e de seus filhos tanto no curto como no longo prazo.
Além das possíveis complicações, a recuperação pós-parto é mais demorada quando se trata de cesárea. No parto natural, por exemplo, a mãe pode voltar a atividades físicas em 30 dias, nos casos de cirurgia, o prazo se estende a três meses.
A descida do leite materno também pode demorar. As mulheres com parto natural amamentam muito mais, e os seis meses de aleitamento são determinantes para o bebê. Receber o leite materno é uma segurança de saúde para toda a vida.
Maternidade do Hospital Regional
A maternidade do Hospital Regional conta com 23 leitos e nove médicos especializados em Ginecologia e Obstetrícia. Proporciona também, médicos especialistas para avaliação de patologias clínicas ou cirúrgicas interligadas à gestação, com o objetivo de garantir maior comodidade ao paciente.
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