Publicado em 30/06/2019 às 10:30, Atualizado em 30/06/2019 às 00:04
Caso a suspeita for confirmada será a 27º morte por gripe em MS.
R.M. B., 38 anos, morreu na noite de sexta-feira (28), às 22h20, com suspeita de influenza e Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto (SARA), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Leblon, em Campo Grande.
Caso essa suspeita for confirmada essa será a 27º morte por gripe registrada em Mato Grosso do Sul. No dia 18, um bebê de um ano e nove meses morreu também vítima de gripe na Santa Casa de Campo Grande.
Conforme a Vigilância Epidemiológica, 26 pessoas morreram por complicações da Influenza em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Inocência, Rio Verde de Mato Grosso, Campo Grande, Porto Murtinho, Mundo Novo, Água Clara, Naviraí e Bonito.
De acordo com familiares da vítima que registraram o boletim de ocorrência 8118/2019, ele estava internado na UPA Leblon com dores abdominais, febre alta e dificuldades de respirar. Ela já estava procurando atendimento médico desde janeiro em razão de febre persistente. Ele fez vários exames e não foi constatado nenhuma doença apenas inflamação generalizada, nódulos múltiplos, lúpus em investigação.
RESFRIADO E INFLUENZA
O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
O que popularmente ficou conhecida como "gripe A" é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e
sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
EPIDEMIA
A gripe tem matado, pelo menos, três pessoas por mês em Mato Grosso do Sul. Do início do ano até agora, já foram confirmados 22 óbitos em decorrência da doença. O número é o maior dos últimos quatro anos e causa preocupação diante da chegada do inverno - a estação mais fria do ano - que é quando aumenta a incidência de doenças respiratórias e virais.
Conforme dados do Ministério da Saúde, desde 2014, quando houve registro de 70 mortes, o Estado não havia registrado tantos óbitos por gripe no primeiro semestre do ano. Em 2015, apenas uma pessoa morreu em decorrência da doença de janeiro a junho; em 2016, foram três óbitos no mesmo período; e em 2017, quatro. No ano passado, houve 20 óbitos por gripe no mesmo período.
Os casos de gripe durante o período de janeiro a junho também aumentaram nos últimos quatro anos. Enquanto em 2015 foram 12, em 2016 houve 70 casos, 2017 - 62 e em 2018 - 95.
Conforme a Vigilância Epidemiológica, os óbitos por gripe em Mato Grosso do Sul ocorreram nas cidades de Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Inocência, Rio Verde de Mato Grosso, Campo Grande, Porto Murtinho, Mundo Novo, Água Clara, Naviraí e Bonito.