Publicado em 26/07/2020 às 16:38, Atualizado em 26/07/2020 às 18:40
O recuo do governo federal pode virar caso de Justiça.
O Ministério da Saúde desistiu de comprar 3.250 respiradores para equipar os hospitais durante a pandemia de coronavírus. O recuo do governo federal pode virar caso de Justiça.
Segundo o jornal O Globo, a pasta havia encomendado 6.500 ventiladores pulmonares de emergência, batizados de OxyMag, produzidos pela empresa paulista Magnamed.
O governo desembolsou R$ 322,5 milhões para a aquisição dos aparelhos, em abril, com prazo de entrega de até seis meses.
Duas semanas atrás, entretanto, o ministério comunicou à fabricante que mudou de ideia e passou a se interessar apenas com metade dos equipamentos.
A Magnamed, de acordo com a publicação, respondeu que o contrato só permite que o governo reduza o pedido em até 25% (ou 1.625 respiradores).
Caso o Ministério da Saúde insista em reduzir em 50% a compra dos equipamentos, o impasse irá para a Justiça.
Na época, o Ministério da Saúde era comandado por Luiz Henrique Mandetta, que deixou a pasta após embates com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre medidas de distanciamento social para impedir a propagação do novo coronavírus.
Para seu lugar, em 16 de abril, Bolsonaro nomeou Nelson Teich, que pediu demissão menos de um mês após ter assumido o cargo. Desde maio, a pasta é chefiada interinamente pelo general Eduardo Pazuello.