Publicado em 19/06/2021 às 07:31, Atualizado em 21/06/2021 às 20:07

Fora do setor de risco para covid, asma é causa de 350 mil internações por ano no SUS

Doença está no ranking das cinco doenças com maior taxa de hospitalização no SUS

Redação,
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Foto - Reprodução TopMidiaNews

“Apesar de ser uma doença incurável é passível de controle, pode haver períodos em que os sintomas desaparecem, mas o acompanhamento médico é altamente recomendado, mesmo quando as crises amenizam”, aconselha a médica da Uniderp, pneumologista Ana Maria Campos Marques.

A asma é causa de afastamentos nos trabalhos e escolas e quando não adequadamente controlada pode levar ao óbito.

No período da noite, madrugada e durante a realização de exercícios físicos é quando a doença mais se manifesta.

Além disso, pode ser desencadeada ou agravada por vários fatores como alergias (poeira, ácaros, fungos, pelos de animais), variação climática com a exposição ao frio, agentes irritantes, tais como poluição, fumaça, cigarro e outros. Alterações na saúde emocional e medicamentos também podem piorar as crises.

Cada paciente recebe tratamento individualizado. Algumas recomendações, no entanto, servem para todos os asmáticos.

“Evitar os gatilhos que disparam as crises é indispensável. Poeira, fumaça de cigarro e mofo são alguns deles. Também o uso do medicamento deve ser contínuo, conforme a recomendação médica”, destaca a especialista. “Quem adota o tratamento adequadamente consegue controlar a doença e ter qualidade de vida”, prossegue.

Diferente do que se acreditava, a asma não é fato de risco pra covid, conforme explica a profissional.

“Os pacientes asmáticos não fazem parte do grupo de risco, já que ficou constatado que aqueles que mantêm a doença controlada não apresentam quadro clínico mais grave”, frisa Ana Maria.

A especialista diz que, no entanto, os pacientes que não seguem tratamento medicamentoso por recomendação médica tendem a apresentar uma forma grave da asma quando em quadro infeccioso respiratório quer seja por vírus ou bactérias.

“Por esse motivo, é muito importante continuar com a medicação e não suspender nenhum remédio sem consultar o médico”, orienta.

“Agora, em que a pandemia segue em total descontrole, temos que considerar que morar no Brasil, por si só, é um fator de risco, então, uma comorbidade respiratória aumenta a chance de gravidade da Covid-19. Com mais de 490 mil mortes no país, o Sars-CoV-2 já atinge hoje pessoas saudáveis, jovens e sem quaisquer comorbidades. A asma é uma doença crônica que hoje conta com os mais diversos recursos terapêuticos, para todos os quadros clínicos, dos mais leves aos mais graves e de difícil controle. Siga as recomendações do seu médico”, conclui a médica.