Publicado em 25/01/2017 às 12:30, Atualizado em 25/01/2017 às 10:55
Ao todo, o Ministério da Saúde enviou 4,6 milhões de doses extras da vacina contra a febre amarela a Minas Gerais e aos estados com regiões limítrofes à área do surto.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse ontem (24) que a maior preocupação do governo quanto ao surto de febre amarela é que a população das áreas afetadas seja vacinada, para bloquear o avanço da doença. “As vacinas estão sendo entregues nas áreas de controle e de bloqueio e esperamos que a população procure o mais rápido possível a vacinação e que as vigilâncias dos estados façam uma busca ativa de pessoas que moram em regiões mais afastadas”, disse Barros, em entrevista ao programa Nos Corredores do Poder, da TV Brasil.
Segundo o ministro, a surto se mantém concentrado em Minas Gerais. Porém, já há registros da doença no Espírito Santo, na Bahia, em São Paulo e no Distrito Federal. Ao todo, foram notificados 421 casos suspeitos da doença, sendo 87 mortes. Do total, 391 pacientes estão concentrados em Minas Gerais.
Ao todo, o Ministério da Saúde enviou 4,6 milhões de doses extras da vacina contra a febre amarela a Minas Gerais e aos estados com regiões limítrofes à área do surto. De acordo com Barros, o estoque de vacinas do governo é o suficiente para conter a doença. “Temos um estoque bastante elevado de vacina, o Brasil é exportador de vacina da febre amarela. Não temos problema com o fornecimento”.
Barros disse que há uma vigilância quanto à possibilidade de casos urbanos da doença, porém, é improvável que o Brasil tenha este tipo de transmissão da febre amarela. A doença pode ser transmitida por mosquitos silvestres em áreas rurais ou, em zonas urbanas, pelo Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a zika, porém, desde 1942 este tipo de contágio não é registrado no Brasil.
Imunização
A vacina está disponível em todos os estados brasileiros gratuitamente nos postos de saúde. De acordo com o ministério, o produto é eficaz e seguro. As crianças devem receber uma dose aos nove meses e um reforço aos 4 anos. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma aplicação e um reforço dez anos depois. As orientações são apenas para pessoas que vivem em regiões de recomendação ou quem vai visitar estas regiões.
Sintomas
Os sintomas iniciais da doença são febre de início súbito, calafrios, náuseas, vômitos, fadiga, fraqueza e dores de cabeça, nas costas e no corpo em geral. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, insuficiência de órgãos. Entre 20% e 50% das pessoas que desenvolvem a doença grave podem morrer. A febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
Fonte - Agência Brasil