Publicado em 09/06/2021 às 09:00, Atualizado em 08/06/2021 às 20:31
Assomassul entende ser preciso tomar medidas mais duras para conter avanço desenfreado do coronavírus no Estado e evitar um colapso total na saúde
O notório aumento no número de casos de coronavírus e a explosão nas internações em hospitais públicos e particulares que levou o sistema de saúde a um indício de colapso fizeram a Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) a praticamente implorar por medidas ainda mais restritivas do Governo do Estado.
O agravamento, assim exemplificado em ofício encaminhado ao governo nesta terça-feira (8), elencou alguns itens que credenciaram a associação a escrever o pedido de socorro para evitar uma catástrofe decorrente da pandemia.
O ofício é assinado pelo presidente da associação, Valdir Couto de Souza Júnior, que esclareceu cenários da pandemia em vários municípios e transformou o documento em uma proposta para ajudar o governo a tomar medidas mais rígidas.
A Assomassul entende ser preciso adotar medidas que visem a segurança e a estabilidade da doença como se viu em maio, por exemplo. Contudo, um dos pedidos encaminhados é pela permanência das medidas restritivas que serão apresentadas pelo programa Prosseguir, que define toque de recolher e quais atividades podem funcionar.
O ofício que contém série de propostas pede também pela proibição do consumo de bebida alcoólica em locais públicos e estabelecimentos comerciais, tentando fazer com que as vendas sejam somente por delivery ou take away - retirada no estabelecimento. Assim, o pedido também esclarece que as vendas poderiam ser somente até o início do toque de recolher.
"A Assomassul já recomendou aos municípios associados, alinhados à sua realidade e particularidades, instituam as medidas consistentes na restrição de consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, bem como promovam a operacionalização de barreiras sanitárias", diz trecho do ofício.
A associação também requer que as medidas coloquem um limite abaixo do que vem sendo estabelecido e propõe que em locais para eventos e locais comerciais, seja respeitado um número de 40 pessoas no máximo, diferentemente dos 50 que vem sendo seguido por decreto.
Por fim, a Assomassul entende ser preciso reforçar o efetivo da Polícia Militar na fiscalização das medidas impostas pelo governo e municípios. A intenção é evitar aglomerações de pessoas e festas clandestinas.