Publicado em 21/05/2022 às 07:35, Atualizado em 20/05/2022 às 16:49

Estresse e hipertensão podem causar derrame ocular; entenda

Segundo a oftalmologista, um dos poucos fatores que podem provocar um derrame ocular é a hipertensão arterial sistêmica

Redação,
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Divulgação

“O derrame ocular nada mais é do que o extravasamento de sangue de um vaso conjuntival”, diz a Dra. Maria Beatriz Lacerda, oftalmologista do HCLOE (Hospital dos Olhos), em São Paulo. Ou seja, quando algum vaso sanguíneo próximo à região ocular se rompe, ocorre o vazamento de sangue para os olhos que, consequentemente, gera uma vermelhidão e até mesmo hematomas.

Por ter uma fácil identificação, o derrame ocular costuma assustar os pacientes. Afinal, acordar com uma mancha de sangue nos olhos, realmente, pode ser aterrorizante. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a ex-BBB Patrícia Leitte. Que, recentemente, relatou o caso em suas redes sociais: “Gente, isso apareceu do nada”.

O que é o derrame ocular

Mas, segundo a Dra. Lacerda, apesar do problema gerar grande preocupação em quem não o conhece, o derrame ocular não é uma condição tão grave assim. “O hiposfagma [no técnico do derrame ocular] não costuma causar perda de visão e, geralmente, é bastante benigno. É como se fosse um hematoma, só que no olho”, diz a oftalmologista.

Além da vermelhidão – que pode ocupar toda a parte branca do olho – o derrame ocular também causa leves incômodos associados à ardência nos olhos. Mas, na maioria dos casos, é uma condição autolimitada. Ou seja, evolui de maneira positiva e vai embora naturalmente. “Não existe uma prevenção específica. E o tratamento acaba sendo o tempo. Então, as vezes demora por volta de uns 11 dias para voltar ao normal, mas a maioria dos casos volta”, completa a Dra. Lacerda.

Segundo a oftalmologista, um dos poucos fatores que podem provocar um derrame ocular é a hipertensão arterial sistêmica. Isso significa que pessoas que possuem uma pressão alta estão mais suscetíveis à essa condição. E um dos principais causadores da hipertensão, além de fatores genéticos e hábitos alimentares é, justamente, o estresse.

“O estresse é uma resposta do organismo a estímulos externos. Ele se torna prejudicial quando essa condição de ‘alerta’ começa a ser sentida no próprio corpo. Seja em forma de tensões, ou problemas que afetam diretamente a saúde física e emocional. O que pode desencadear problemas oculares, como fadiga ocular e espasmos involuntários”, explica a psicóloga Deise Cristina Gomes.

Segundo a especialista, problemas graves de saúde podem ter origem a partir de quadros de estresse. “O que muita gente não sabe é que os sintomas causados pelo excesso de estresse nos ambientes familiares, domésticos ou de trabalho, também podem se manifestar através de problemas oftalmológicos. Muito além do usual cansaço, podem ocasionar até a perda da visão”, finaliza a psicóloga.