Publicado em 20/09/2024 às 07:28, Atualizado em 19/09/2024 às 17:30

Em setembro, 42,5% dos municípios de MS sofrem com o desabastecimento de vacinas, segundo a CNM

A pesquisa da CNM aponta que os municípios sinalizaram a falta de vacinas há mais de 30 dias

Redação,
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Foto - Marcos Maluf

Pesquisa da CNM (Confederação Nacional de Municípios) revela que 42,5% dos municípios de Mato Grosso do Sul estão com desabastecimento de vacinas neste mês de setembro. No Brasil, conforme o estudo, 64,7% dos municípios confirmaram a falta de vacinas para imunizar a população, principalmente as crianças.

A pesquisa da CNM aponta que os municípios sinalizaram a falta de vacinas há mais de 30 dias, e outros há mais de 90 dias. O estudo da CNM questionou os Municípios sobre quais as vacinas que estavam em falta e o imunizante Varicela foi a de maior predominância, não chegando a 1.210 Municípios. A CNM destaca que esta vacina é utilizada para fazer o reforço das crianças de 4 anos contra a catapora.

A vacina para proteger as crianças contra o vírus da Covid-19 é a segunda mais em falta. O imunizante apresentou falta em 770 municípios, com uma média de 30 dias de atraso. A vacina Meningocócica C está em falta em 546 municípios, com uma média de 90 dias sem o imunizante. Esta última protege as crianças contra bactérias que podem causar infecções graves e fatais, como a meningite.

Também foram apontadas como em falta nos municípios: a Tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba, varicela e a rubéola, em 447 municípios; a Hepatite A, em 307 municípios; e a DTP, que combate a difteria, tétano e coqueluche, em 288 municípios.

“É importante lembrar que a vacinação foi um dos eixos do desfile de 7 de setembro deste ano. Apesar disso, o que verificamos, infelizmente, foi a falta de imunizantes essenciais há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas e ainda o risco de retorno de doenças graves, como a paralisia infantil”, destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

O Jornal O Estado noticiou recentemente que algumas vacinas estão em falta na rede pública de Campo Grande e, com isso, famílias precisam peregrinar para conseguir imunizar os filhos. Situação que tende a permanecer nos próximos meses, até que seja realizada a destinação de uma nova remessa de doses.