Publicado em 21/10/2020 às 11:31, Atualizado em 21/10/2020 às 12:16
O ministro da Saúde afirmou que o governo federal não quer fazer uma vacinação obrigatória, mas um grande plano de imunização nacional
Com várias vacinas contra a Covid-19 em estágio avançado de testes, o Ministério da Saúde assumiu nesta terça-feira (20) a responsabilidade de coordenar, adquirir e distribuir as doses para imunizar a população por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). A informação do ministro Eduardo Pazuello agradou o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, porque garante um tratamento igualitário a todos os brasileiros.
“É uma sábia decisão, ministro, trabalhando como Federação e o Ministério assumindo essa questão, acho que a gente tem a segurança de que vai chegar às 27 Unidades da Federação. É algo extremamente importante. Existia uma dúvida de como seria o encaminhamento. Parabéns para o senhor e para a sua equipe! Agora é torcer para o registro e validação dessas vacinas e que tenham bom resultado para salvar as vidas do povo brasileiro”, disse Reinaldo Azambuja.
O ministro da Saúde afirmou que o governo federal não quer fazer uma vacinação obrigatória, mas um grande plano de imunização nacional, com campanhas de conscientização à população. Pazuello participou de uma videoconferência com governadores e com representantes das empresas que estão à frente das pesquisas e testes sobre as vacinas, como a Fiocruz e o Butantan.
A Fiocruz apresentou alguns dados sobre a vacina Oxford da Astrazeneca. O valor da dose será de US$ 3,16, uma das mais baratas em estudo, segundo a empresa. E a previsão é de entrega de 210,4 milhões de doses em 2021. Participam dos testes 57 mil voluntários de sete países.
Ainda de acordo com a Fiocruz, há a garantia de produção nacional com transferência total de tecnologia e a previsão de entrega das primeiras 30 milhões de doses, com produção 100% nacional, é fevereiro de 2021.
Já o presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmou que há um acordo para fornecer 46 milhões de doses da Coronavac para o Brasil, sendo 6 milhões vindos da China e 40 milhões produzidos pelo Instituto, e que há possibilidade de aumento de produção.
O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, também participou da videoconferência.