Um novo boletim do Ministério da Saúde mostra que o país já registra neste ano ao menos 159 mortes e mais de 263 mil casos prováveis de infecção por chikungunya, doença apontada por especialistas como a principal preocupação para este verão.
Os dados representam um aumento de 15% no total de mortes confirmadas por chikungunya em comparação ao boletim anterior da pasta, que apontava 138 registros, segundo dados contabilizados até o fim de novembro. Já em comparação a 2015, o avanço é de 2.550% -naquele ano, houve apenas seis mortes confirmadas.
Apesar do aumento recente nas confirmações, o boletim informa que a maioria dos casos ocorreu em fevereiro e março, meses considerados de pico da epidemia. O total, no entanto, ainda pode crescer, já que há outras mortes ainda em investigação nos Estados.
Em geral, a chikungunya tem sido alvo de alerta entre autoridades e especialistas devido ao avanço no número de casos da doença neste ano, o que indica que ela pode se espalhar para mais regiões do país. Identificada no país em 2014, a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, ficou inicialmente restrita a poucos municípios, situação que começou a mudar no último ano.
Seus impactos são outro ponto de preocupação. Além das mortes, a chikungunya também preocupa pelas dores articulares que provoca - e que podem se estender por meses.
ZIKA
O boletim do Ministério da Saúde confirma também três novas mortes neste ano por outra doença relacionada ao Aedes: a zika.
Com isso, o país passa a ter seis mortes confirmadas em 2016 pela doença: quatro no Rio de Janeiro e duas no Espírito Santo. Segundo a pasta, as mortes ocorreram entre janeiro e maio. Questionado, o ministério não informou mais detalhes sobre os casos.
Ainda segundo o boletim, o Rio é um dos Estados que mais registraram atendimentos por suspeita de zika neste ano, com ao menos 67 mil casos contabilizados como prováveis de zika pelas equipes de saúde -o equivalente a 407 casos a cada 100 mil habitantes.
Em todo o país, nesse mesmo período, foram 211 mil casos prováveis de zika, segundo os dados contabilizados até o dia 12 de dezembro. Não há dados do ano anterior para comparação.
Já a dengue apresentou leve trégua neste ano em relação a 2015, de acordo com o Ministério da Saúde. Naquele ano, foram 1,7 milhão de casos prováveis da doença, número considerado recorde. Já em 2016, balanço da pasta contabiliza 1,5 milhão de casos.
Fonte - FolhaPress
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.