Publicado em 15/11/2022 às 14:30, Atualizado em 15/11/2022 às 12:26
As máscaras vão voltar? As associações também pedem ao governo que oriente a população a retomar algumas medidas de prevenção
O aumento de casos de covid-19 no Brasil nas últimas semanas vem mobilizando associações médicas, que fazem um apelo para que a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) aprove "rapidamente" as vacinas de segunda geração da covid-19, mais eficazes porque foram desenvolvidas para atacar não apenas a cepa original do coronavírus, mas também a variante ômicron, dominante no Brasil e em outros países do mundo.
Como é a vacina de 2ª geração? As farmacêuticas Moderna e Pfizer desenvolveram as chamadas vacinas bivalentes. Ao contrário dos imunizantes utilizados no Brasil, criados a partir da cepa original, a nova opção ataca também a variante ômicron, a principal responsável pelas infecções atualmente.
As duas vacinas utilizam RNA mensageiro: em vez de usar o vírus atenuado ou inativo, essa tecnologia induz o organismo a sintetizar uma proteína que impele o sistema imunológico a combater o coronavírus.
Além disso, essas vacinas podem ser atualizadas mais rapidamente, permitindo adaptá-la às novas subvariantes da ômicron, com a BQ.1, que desembarcou no Brasil recentemente, é mais transmissível e já matou uma mulher idosa em São Paulo.
Aprovação da Anvisa se arrasta. A Moderna abriu negociações com a Anvisa para aprovação de seu imunizante ainda em março, há oito meses, enquanto a Pfizer fez o mesmo em agosto. Procurada, a agência ainda não se manifestou.
Ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que o processo segue em análise e "solicitou o apoio de sociedades médicas para a avaliação dos dados e emissão de parecer".
Já o Ministério da Saúde afirmou ao UOL que a "as vacinas fornecidas pelo Ministério da Saúde são as últimas versões aprovadas pela Anvisa" e que "o atual contrato com os fornecedores contempla a entrega de vacinas com cepas atualizadas, desde que aprovadas pela Anvisa".
As máscaras vão voltar? As associações também pedem ao governo que oriente a população a retomar algumas medidas de prevenção, "como uso de máscaras e distanciamento social, evitando situações de aglomeração principalmente pela população vulnerável, como idosos e imunossuprimidos", defende a AMB.