Publicado em 07/11/2021 às 15:00, Atualizado em 07/11/2021 às 11:55

Com surto de Covid, SES pede ampliação de testagem rápida à indígenas de MS

Nas terras indígenas de Dourados foram contabilizados 89 casos da doença, até a última quinta-feira

Redação,

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recomendou à Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/MS) – responsáveis pela Atenção Indígena no Estado -, que ampliem a testagem rápida de antígeno aos indígenas.

A decisão foi tomada durante a quarta reunião do Grupo de Gerenciamento de Crise, que aconteceu na sexta-feira (5), após o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), publicar pesquisa em que mostra que as aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul têm vivido um surto de Covid.

Em nota, a SES diz que acompanha de perto o surto de contaminação por Covid-19 e que "somente por meio da testagem será possível identificar novos casos, proceder com as medidas de isolamento e iniciar o tratamento".

O DSEI informou à SES que foram realizados, aproximadamente, 330 testes das mil unidades encaminhadas pela Secretaria de Estado de Saúde.

De acordo com a pesquisa realizada pela CIEVS em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena no Estado do Mato Grosso do Sul, considera surto em aldeias a ocorrência de pelo menos três casos positivos ou óbitos, no mesmo ambiente.

Além disso, a Secretaria também solicitou junto aos órgãos responsáveis pela Atenção Indígena no Estado, que verifiquem com o Ministério da Saúde, a possibilidade de redução do aprazamento entre a primeira e a segunda dose para os adolescentes indígenas.

Caso isso seja acatado pelo Ministério da Saúde, a SES destaca que já colocou à disposição do DSEI doses de imunizantes para iniciar a vacinação e mitigar novos casos de contaminação nestes locais.

SURTO

Nas terras indígenas de Dourados foram contabilizados 89 casos da doença, até a última quinta-feira (4).

Tacuru é a segunda cidade com maior incidência, registrando 25 casos. Em seguida está Paranhos (18), Caarapó (7), Japorã (6) e Amambai (5).

Ao todo, nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul, foram registrados desde o início da pandemia 4.725 casos, com 106 óbitos e 4.564 recuperados.

Com informações do Correio do Estado