Publicado em 17/01/2018 às 06:30, Atualizado em 16/01/2018 às 19:41
Campanha está descartada no Estado.
Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (16), a SES (Secretaria de Estado de Saúde) recomendou que os sul-mato-grossenses que ainda não se vacinaram contra a febre amarela procurem as unidades de saúde. Mesmo sem campanha de imunização, no estoque há 80 mil doses de vacinas.
De acordo com a gerente técnica de doenças endêmicas, Livia de Mello Maziero, a quantidade de doses é suficiente para imunizar aqueles que ainda não se vacinaram. Não vai ser necessário, por exemplo, adotar o fracionamento de vacinas, como ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, estados que têm registrado mortes pela doença.
O Estado ressalta, ainda, que nenhum caso de febre amarelo foi registrado recentemente e, por isso, campanha para conscientização da população está inicialmente descartada.
Recomendada para maiores de 9 meses e menores de 60 anos, a vacina precisa ser tomada apenas uma vez na vida. Nesta terça, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou todo o estado de São Paulo como área de risco para a doença. Por isso, todos que forem para o local precisam se vacinar pelo menos 10 dias antes.
Surto
Os primeiros casos da doença ocorreram ainda em outubro do ano passado, onde 10 casos foram registrados em São Paulo. Na ocasião, a Secretaria de Saúdo do estado informou que todas as pessoas infectadas moravam na região do dos parques Horto Forestal e Cantareira, região norte do município.
À época, mortes de macacos também foram registradas e o parque chegou a ser fechado. Até o momento, há registro de mortes também em Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Segundo o Instituto Adolfo Lutz, onde os testes nos animais são feitos, entre julho de 2016 e janeiro de 2018, 2.491 mortes de macacos foram registradas. Destes, 617 estavam contaminados pela febre amarela, 61,5% apenas na cidade de Campinas.
Uma lista com o nome das cidades que o Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a doença pode ser consultada aqui.
Contágio
A contaminação ocorre quando um ser humano ou um primata é picado pelo mosquito transmissor da doença, Haemagogus, para febre amarela silvestre, e Aedes aegypti, para febre amarela urbana.
O ciclo da doença ocorre da seguinte maneira: na fase inicial, há ocorrência de dores de cabeça, febre, perda de apetite, náuseas e vômito e dores musculares, principalmente na região das costas.
Na fase tóxica, os sintomas são agravados e podem ser registrados sintomas febres altas, amarelamento de pele e olhos, sangramento da boca, nariz, olhos e estômagos, vômitos, órgão como fígado e rins são comprometidos, dores abdominais e escurecimento da urina.