Publicado em 01/09/2023 às 12:30, Atualizado em 01/09/2023 às 11:03
São mais de 1,9 mil doadores efetivos e 4,3 mil transplantes feitos entre janeiro e junho, 16% a mais que no mesmo período de 2022
O Brasil bateu o recorde de doação de órgãos e realização de transplantes dos últimos 10 anos. De janeiro a junho de 2023, foram mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos e 6,7 mil potenciais doadores. Neste mesmo período, as doações possibilitaram a realização de mais de 4,3 mil transplantes. Esse é o maior da série histórica de doações no país, de 2013 a 2023.
Conforme o levantamento de dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), esse quantitativo representa aumento de 16% no número absoluto de transplantes de órgãos, quando comparado com o mesmo período de 2022.
“Esses dados revelam a grande capacidade de recuperação do SNT após o impacto sofrido pela pandemia de Covid-19, apresentando um excelente resultado no primeiro semestre de 2023 no que se refere às doações e transplantes de órgãos sólidos e córneas, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de população”, afirmou a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão.
Também houve aumento positivo nas taxas de notificação de potenciais doadores (67,5 por milhão de população) e de doação (19 por milhão de população), neste primeiro semestre. A série histórica, com as taxas alcançadas pelo SNT desde 2013, demonstra o avanço:
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“Nós agradecemos a todos os profissionais de saúde envolvidos no processo de doação e transplante pelo excelente resultado. Também é importante destacar o papel das famílias doadoras por acreditarem e apoiarem o Sistema Nacional de Transplantes na missão de ajudar a salvar a vida dos brasileiros e brasileiras que aguardam por um transplante. Ressaltamos, ainda, a importância da doação consciente e altruísta”, reforçou a coordenadora Daniela.
Transplantes
Por modalidade de transplante, de acordo com dados do SNT, houve aumento de 30% no número de transplantes de pâncreas, 20% nos transplantes renais, 16% nos transplantes de coração e 9% nos transplantes de fígado. Com relação aos transplantes de córneas, no primeiro semestre de 2023, foram realizados 7.810 procedimentos, 15% a mais do que o mesmo período do ano passado. Para os transplantes de células-tronco hematopoéticas (medula óssea) houve realização de 1.838 procedimentos - 6% de aumento.
Os transplantes mais realizados de janeiro a junho foram de rim, 2,9 mil transplantados. Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, a espera pela doação de rins e de córneas são os grandes responsáveis pelo gargalo de doações em Mato Grosso do Sul, que possui quase 600 pessoas na fila de espera por uma boa notícia.
No Brasil, em segunda lugar está o transplamante de fígado – 1,1 mil, seguido pelo coração – 206; Pâncreas e rim – 47; Pulmão – 37; Pâncreas – 13 e Multivisceral – 1 transplante.
Sistema único de transplante
Cabe relembrar que o Sistema Nacional de Transplantes, vinculado ao Ministério da Saúde, é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no país, com o objetivo de desenvolver o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e células-tronco hematopoéticas para fins terapêuticos.
Além disso, a lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada.
Com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde