Dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que, pela primeira vez desde 2010, os números de cesarianas nas redes pública e privada tiveram leve recuo em 2015. Esse tipo de procedimento apresentava uma curva ascendente, mas caiu caiu 1,5 ponto percentual de 2014 para 2015.
De 3 milhões de partos realizados no Brasil no ano retrasado, 55,57% foram cesáreas e 44,43% normais. Em 2016, surge uma tendência de estabilização -- números também preliminares indicam 55,51% de cesarianas. Considerando apenas o Sistema Único de Saúde (SUS), o número de partos normais predomina: foram 59,8% contra 40,2% de cesarianas em 2015.
Apesar da leve queda, o Brasil ainda tem um índice de cesarianas considerado alto. Desde 1985, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a taxa ideal de cesáreas com variação entre 10% e 15% do total. Considerando o patamar em que se encontra o Brasil, a taxa de referência sugerida pela organização estaria entre 25% e 30%.
O governo atribui a estabilização das cesarianas a uma série de medidas, como a implementação da "Rede Cegonha", com 15 centros de parto normal, além da qualificação das maternidades de alto risco. Em nota cita também a maior presença de enfermeiras obstétricas na cena parto e destaca a ação da Agência Nacional de Saúde (ANS) junto às operadoras de planos de saúde para reduzir cesarianas desnecessárias.
Fonte - G 1
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