Publicado em 01/12/2024 às 09:30, Atualizado em 30/11/2024 às 22:48

Casos de coqueluche aumentam em Mato Grosso do Sul e SES emite alerta epidemiológico

A cobertura vacinal ideal é de 95%, mas o Estado ainda não atingiu essa meta.

Redação,
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Foto: reprodução/Gov MS

Com 10 casos confirmados de coqueluche em Mato Grosso do Sul em 2024, cinco a mais que no ano anterior, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) emitiu alerta devido ao aumento de notificações. A doença, também conhecida como tosse comprida, é altamente contagiosa e afeta principalmente crianças menores de 15 meses, grupo de maior risco.

Campo Grande lidera com 5 casos confirmados, em seguida, Coxim registrou 3 casos desde agosto, quando a primeira ocorrência foi notificada no Estado. Mundo Novo e Sidrolândia contabilizam 1 caso cada. Campo Grande não registrava casos desde 2020, mas notificou 5 ocorrências até a 44ª semana epidemiológica deste ano.

A vacinação tem sido fator fundamental para evitar óbitos. Desde 2013-2014, quando houve registros de mortes, a mortalidade pela doença está em declínio. A cobertura vacinal ideal é de 95%, mas o Estado ainda não atingiu essa meta. Em 2022 a cobertura vacinal foi de 86%, em 2023 o total foi de 90,73% e dados preliminares apontam que em 2024, 90,77% da população foi vacinada.

Sobre a coqueluche

A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis e provoca crises de tosse seca, falta de ar e, em casos graves, complicações como pneumonia, desidratação, convulsões e até morte. A transmissão ocorre por gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar, sendo possível até três semanas após o início dos sintomas.

Os sintomas incluem febre, coriza, cansaço e tosse que pode durar até 8 semanas. Em bebês, as complicações são mais graves, exigindo maior atenção. A vacina é a principal forma de prevenção e está disponível no SUS para crianças até 6 anos e gestantes. O esquema vacinal inclui:

– Pentavalente: 3 doses aos 2, 4 e 6 meses de idade.

– Reforço com DTP (tríplice bacteriana): aos 15 meses e até os 4 anos.

– Gestantes: vacinação com DTPa até a 20ª semana de gestação ou logo após o parto, caso não tenham sido imunizadas.

Com a doença apresentando um cenário de crescimento, o alerta busca incentivar a vacinação e conscientizar a população sobre os riscos e medidas de proteção.