"Já estamos (Ministério da Saúde e Casa Civil) com as ligações paralelas com a universidade e com a AstraZeneca já bem adiantadas, envolvendo aí a Bio-Manguinhos (entidade da Fiocruz responsável pela pesquisa, inovação e produção de vacinas)", disse Pazuello em audiência pública virtual à comissão mista do Congresso que analisa as ações econômicas de combate à pandemia.
Pazuello disse ainda que, das "15 iniciativas promissoras de vacinas, estamos trabalhando diretamente com três". Além de mencionar a vacina da universidade britânica, o ministro interino citou a da biofarmacêutica americana Moderna - que, segundo a própria empresa, gerou respostas seguras depois de ser testada em humanos - e também uma outra vacina desenvolvida pela China.
"Estamos trabalhando em paralelo. É objetivo número 1 do (SUS), do ministério, que a gente tenha acesso à entrada direta das futuras fabricações para que a gente não perca o bonde, para que possamos participar e ter a liberdade de fabricar a vacina, não só comprar. Na América Latina, só o Brasil tem essa competência de fabricação com a Bio-Manguinhos."
No último fim de semana, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) iniciou os testes da vacina desenvolvida por Oxford em voluntários brasileiros, após esses exames clínicos terem sido aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, disse estar muito otimista com a possibilidade de que o governo do Estado de São Paulo tenha, até o fim deste ano, uma vacina contra o novo coronavírus. No dia 11, o governador do Estado, João Doria (PSDB), anunciou uma parceria entre o Instituto Butantã e a farmacêutica chinesa Sinovac para a produção de um antígeno. Segundo Covas, o instituto está "fortemente empenhado" no desenvolvimento de um agente imunizador. Covas reforçou o cronograma que havia sido divulgado da realização de um estudo clínico até o fim de outubro e, caso seja aprovado, da produção da vacina no início do próximo ano.
Orçamento
O ministro interino lembrou que o orçamento previa para a área de Saúde cerca de R$ 140 bilhões, em 2020. Outros 40 bilhões foram destinados pelo Congresso Nacional por meio de créditos extraordinários para o combate à pandemia. Mas Pazuello reconheceu que apenas 11 bilhões desses recursos, o equivalente a um terço, foram gastos até agora, por diversos entraves. Com informações Agência Senado e Reuters
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